De Jerônimo: ‘Fazer segurança só com polícia parece enxugar gelo’
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Lula se reuniu ontem em Brasília com os governadores de todo o país para tratar de um assunto que virou preocupação geral: a segurança, um problema nacional, na Bahia em particular, deixando a sensação de que só piora.
Lula quer emplacar a chamada PEC da Segurança, que chama mais para o lado federal as ações da polícia, via PF, mas houve reações. Ronaldo Caiado (UB), de Goiás, não aceitou, Tarcísio Freitas (Republicanos), de São Paulo, também não.
Jerônimo, o governador baiano, apresentou o projeto Bahia pela paz, que inclui incursões em educação, geração de empregos e programas de rendas. Ele ressalvou que apesar dos investimentos no aparato militar, com a aquisição de armamentos e a contratação de novos policiais, a sensação na população é a de que isso é pouco.
– Parece que estamos enxugando gelo.
Desafio –E parece mesmo. A sensação coletiva é a de que o problema só se agrava. E vai se tornando o grande desafio para os governantes, até porque, em caso de baixar as más estatísticas as ações têm que ser sempre continuadas para obter respostas a longo prazo.
Nos meios acadêmicos, circula intensamente a tese de que droga não é problema de polícia, e sim de médico. A legalização soaria como a guerra da Lei Seca, nos EUA, nos anos de 1930, com a proibição do uísque. Legalizou-se o uísque, fim de problema, após milhares de mortos.
Infelizmente, no jogo político, os que se dizem salvadores da pátria estão mais para demagogos.
Colaborou: Marcos Vinicius
Turismo sobe com chocolate
Maurício Bacelar, secretário de Turismo da Bahia, diz que a inauguração do voo Salvador-Paris dá uma grande contribuição para colher os frutos dos bons ventos para o turismo na Costa do Cacau.
Ele cita que o destino baiano ganhou uma boa badalada com o Salon du Chocolat, em Paris (França), que começou quarta e vai até domingo, no Expo Porte de Versailles. Nove cooperativas baianas da agricultura familiar estão lá.
Andrei quer Roberto Carlos ou Zó no rumo de Brasília em 2026
Andrei da Caixa (MDB), prefeito eleito de Juazeiro, chamou os deputados estaduais Zó (PCdoB) e Roberto Carlos (PV), que apoiaram ele desde o início, e botou as cartas na mesa:
– Escolham aí entre vocês dois quem será candidato a deputado federal. Juazeiro não pode ficar sem um federal.
Ele argumenta que Juazeiro já teve três federais (Jorge Khoury, Joseph Bandeira e Edson Duarte) e três estaduais simultâneos. Hoje, só tem três estaduais (além de Zó e Roberto, Jordávio Ramos, do PSDB, filho da prefeita Suzana Ramos, que perdeu).
Roberto Carlos diz que ele e Zó estão avaliando.
– No meu caso, eu tenho 23 prefeitos me apoiando, todos eles com os seus federais. Tenho quer ver isso com muita cautela.
Mas ele ressalva que a ideia é justa. Em tempos de gordas emendas, o prejuízo para Juazeiro é grande.
Zezé Rocha reaparece em cena, agora sem ideologia
Quem reapareceu na cena baiana foi Maria José Rocha, a Zezé, duas vezes deputada estadual na Bahia, a primeira de 1991 a 1995 pelo PCdoB, a segunda de 1995 a 1999 pelo PT. Ela foi na Assembleia visitar Otoniel Saraiva, o presidente da Associação dos Ex-deputados da Bahia.
Zezé, que tem 71 anos e nos seus tempos azucrinava o juízo de ACM, há mais de 30 morando em Brasília, antes esquerdista radical, hoje consultora em Educação da Câmara dos Deputados, admite que expurgou a tendência.
– Me libertei das ideologias, decepcionada com muitos equivocados que vi no Brasil, em Cuba e Angola (morou lá 2 anos). Acho que não é a ideologia a questão principal, é o caráter.