E 2024 vai fechando com todos (se) achando que 2026 vem bem
O que esperar da disputa em 2026?
Reinaldo Ferreira, estudante de jornalismo, morador do Barbalho, nos pergunta: a julgar por 2024, o que esperar da disputa em 2026?
Amigo, o ano fecha com todos se julgando vitoriosos. O governo celebra mais de 200 prefeitos, ACM Neto levou os eleitos dele para passear na Europa, Lídice da Mata reuniu os do PSB, o MDB vai reunir também, todos demonstrando muita satisfação.
Na Bahia, Jerônimo e cia de um lado e ACM Neto de outro devem ser os grandes protagonistas do novo duelo. A questão: e como estará a peleja federal lá?
Neto já viu na pele que essa de tanto faz é furada. Luta por encontrar referências federais competitivas. E Lula, que hoje não vai tão bem, como estará lá?
Futurologia – Claro que a questão federal tem influencia decisiva, como foi nitidamente em 2006, quando Jaques Wagner derrubou a era de ACM, o velho, após 40 anos de mando, como em 2022, quando Jerônimo começou com 3%, um ilustre desconhecido, e detonou ACM, o novo.
Hoje, os petistas caminham para festejar o fim de ano no embalo da enrascada em que Bolsonaro está metido com a fracassada tentativa de golpe que incluia o planejamento do assassinato de personagens de alto coturno, como Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Claro que a direita, se não com Bolsonaro, terá o seu arauto. Em 2025 saberemos quem se apruma melhor para o jogo. Mas está tudo em aberto, lá e cá.
A esmeralda de 380 quilos, a mentira em tamanho gigante
Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia, nas suas andanças extra-políticas tem outras facetas curiosas. Uma é possuir em Campo Formoso, a terra dele, a Capital das Pedras Preciosas, uma loja de processar e vender esmeraldas. Outra é passear mundo afora.
Juntando as vivências nativas com as andanças, ele diz:
– A maior esmeralda do mundo está no Museu Nacional do Irã, em Teerã, e tem 5 quilates. Já fui lá e vi.
Se assim o é, por que os EUA vão devolver uma esmeralda de 380 quilos achada em 2001 em Pindobaçu? Um quilate é 0,2 gramas e por aí, a do Irã tem uma grama. Na soma, a de Pindobaçu seria 380 mil vezes maior que a do Irã.
Adolfo diz que aquilo é uma canga, pedra que pode conter esmeraldas, várias. E brinca:
– A ignorância alheia às vezes nos provoca boas gargalhadas. Essa é uma.
Radiovaldo Costa segue no mandato na Alba
O deputado federal Zé Neto (PT), que se licenciou do mandato para disputar a Prefeitura de Feira, perdeu e esta semana retomou o mandato em Brasília. Elisangela Araújo, que estava na vaga dele, fica esperando a reforma de Jerônimo. Neusa Cadore (PT), que assumiu a Secretaria das Mulheres no lugar de Elisangela, fica secretária, o que quer dizer que Radiovaldo Costa (PT), o suplente dela, fica no mandato.
Radiovaldo, que é petroleiro e esta semana promoveu a festa dos 70 anos do Sindipetro, diz estar tranquilo, mas satisfeito como deputado.
– A experiência tem sido ótima.
E assim fica. Nos bastidores, se diz que o governo articula para botar na Alba Lucinha do PT, que entrou na vaga de Del Carmen e já voltou para casa.
A Jegada de Elísio Medrado
E eis que lá um dia no início do século um grupo de amigos produtores rurais de Elísio Medrado, no Vale do Jiquiriçá, decidiram ao invés de fazer cavalgada, fazer um jegada, com jumentos.
Colou. Virou um festão, dos jumentos só as boas lembranças. Este ano, a 20ª edição acontece em 7 de dezembro. Diz Edney Bianchi, morador lá.
– Já está no calendário turístico baiano. Quem vem uma vez, sempre volta.
POLÍTICA COM VATAPÁ
Os peçonhentos
Plínio Paixão, pai de Tereza, que é mãe do cantor Tierry, marcou época em Nilo Peçanha, como figura afável, leal até a alma aos amigos e sempre um combatente contra a ditadura na era dos governos militares.
O ano era 1988, Antonio Galdino Filho, jovem agrônomo da Ceplac, enfrentava ‘a dinastia dos Rosário’ contra Jaime Rosário, Plínio a favor da renovação, colado ao lado.
Não sabia ele que Galdino estava ali criando uma nova dinastia. Foi prefeito três vezes, elegeu a mulher, Maria das Graças duas vezes e agora a filha Jaqueline está reeleita para um segundo mandato.
A disputa fervilhava, Plínio aliado top de Galdino, estava na Praça do Quiosque, em frente à Igreja de Senhor do Bonfim, apinhada de galdinistas. E alguém pergunta a ele:
– Me diga uma coisa, Plínio. Quem nasce em Nilo Peçanha é o quê?
E ele:
– Depende.
– Depende de quê?
– Do lado que ele está. Se for do nosso, é nilopeçanhense. Se for o outro, é nilopeçonhento.