E a convocação do secretário da Segurança deu furdunço na Alba
Werner foi convocado para ir falar na Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia
Se vacilo dos governistas ou esperteza da oposição, não importa. O fato é que o secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, acabou sendo convocado anteontem para ir falar na Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia.
Na semana passada, Pablo Barroso (PSDB), o presidente, aprovou um convite para o secretário da Segurança ir lá. Ninguém deu bola. Anteontem, a maioria governista (são 6 contra 3) não apareceu, Barroso chamou os suplentes, três da oposição, e, ao invés de convidar, convocou o secretário (ele é obrigado a ir), proposta aprovada.
Rosemberg Pinto (PT), líder do governo, articulou ontem para na sessão da próxima terça anular a convocação.
— O suplente é da bancada e não da comissão. A sessão que usou os suplentes é nula.
Alan Sanches (UB), o líder da oposição, vê o inverso:
— Nunca vi suplente de bancada. Eles são da Comissão.
Palanque —Rosemberg foi além. Destituiu suplentes da oposição, como José de Arimatéia (Republicanos) para colocar governistas. Arimatéia até esperneou, mas não deu:
— Me expulsaram da Comissão. Isso é assim, é?
Se não é, ficou sendo. A área de Segurança Pública, com as estatísticas da criminalidade sempre altas, é o calcanhar de Achiles da governança na era petista, e os oposicionistas, óbvio, queriam atacar por aí.
Os governistas dizem que a oposição apenas queria fazer palanque, embora Marcelo Werner, o secretário, seja um policial muito respeitado.
Mulheres instigam pauta
A Comissão dos Direitos da Mulher, presidida pela deputada Soane Galvão (PSB) fará amanhã sessão especial em homenagem a mulher na Alba. Questão principal: instigar a Mesa Diretora a pautar os projetos apresentados pelas deputadas em favor das mulheres. A Alba tem 10 deputadas, Fábíola Mansur (PSB) tem a pedida dela:
— Quero a regulamentação da Lei Antibaixaria, aprovada pela colega Luiza Maia.
Colbert, a PM é a nova briga
Colbert Martins (MDB), prefeito de Feira de Santana, já acumula imenso desgaste pela briga fratricida com o ex-apoiador, o vereador Fernando Torres (PSD), também vem disparando o tempo todo contra o governador Jerônimo, e agora comprou a pior das brigas, dizem os jornalistas feirenses: uma rusga com a PM na Micareta, por conta do camarote da instituição – que sempre existiu. Espera-se que não sobre para o povo.
Hilton Coelho está disponível
Pergunta a Hilton Coelho, deputado estadual do PSOL, partido de esquerda que é Lula lá, mas oposição cá:
— Você é candidato a prefeito de Salvador?
— Meu nome está à disposição do partido. Mas tem Tâmara [Azevedo, que em 2020 disputou o Senado] também aí.
Noutras palavras: está dizendo que com ele ou outra pessoa, o partido terá candidato em Salvador.
Dia do Candomblé, uma boa pedida, diz Alessandra
A instituição este ano, do Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, ou Dia do Candomblé, anteontem celebrado, hoje com sessão especial na ASssembleia (14h30), é algo muito significativo na luta contra o racismo, segundo a professora Alessandra Cruz, mestra em história pela Ufba, que leciona na UCSal.
— É sempre bom esse tipo de data porque as atenções de todos os segmentos do movimento convergem para uma só pauta, a luta contra o racismo, uma luta que devemos travar sem trégua. Você veja que uma jornalista como Délis Ortiz, da Globo, se referiu aos negros como ‘descendentes de escravos’. Foi lapso? Isso mostra o quanto temos de lutar.