E a graviola é boa contra o câncer? Há bons sinais
Diz-se na cultura popular baiana que graviola é bom na luta contra o câncer e em nome disso, quem sabe usa. E é verdade isso? Se sim, uma boa notícia para o Natal.
Quem nos dá o presente é a engenheira de alimentos Ingrid Vieira Machado de Moraes, ou Ingrid Moraes, pesquisadora da Embrapa em Fortaleza, no Ceará, com doutorado em graviola na Unicamp, São Paulo. Sim, a resposta é positiva.
Ela conta que a gravioleira está entre as cinco plantas medicinais mais pesquisadas no site AboutHerbs do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, uma instituição não-governamental norte-americana, que tem como foco a busca por descobertas científicas fundamentais no tratamento para o câncer em todo o mundo.
Quantificação —Ingrid conta que há mais de 40 anos se pesquisa os compostos da graviola, e os sinais são positivos, com ressalvas: o uso aleatório, indiscriminado, pode virar gol contra, produzindo outras doenças, entre elas o Mal de Parkinson.
— Estudos pré-clínicos in vitro e in vivo publicados por diversos grupos de pesquisa no mundo apontam que as acetogeninas da gravioleira possuem propriedades antitumorais e anticancerígenas potencialmente significativas, além de atividade antimalária, pesticida, antiviral, antibacteriana, entre outras.
Ingrid conta que lá no Ceará mesmo o médico oncologista Odorico Moraes está fazendo testes usando cães e ratos. Falta testar em humanos.
Bahia tem a maior produção da planta de interesse global
Diz a Dra. Ingrid que o interesse por terapias naturais e pelo consumo de alimentos, bebidas e suplementos alimentares contendo compostos bioativos aumentou muito nos países mais ricos.
A Bahia tem 85% da produção do Brasil, com 20 mil toneladas de polpa por ano. A graviola pertence à família Annonaceae, que tem aproximadamente 119 gêneros e mais de duas mil espécies.
O gênero Annona possui 118 espécies, das quais 108 são originárias da América Tropical e 10 da África Tropical, e apenas uma espécie (Annona glabra) é relatada nesses dois continentes. Das 13 espécies que produzem frutos comestíveis, nove são cultivadas, e dentre elas cinco possuem maior importância econômica, e, dessas, quatro se destacam em termos comerciais: graviola (Annonamuricata), pinha (Annona squamosa), cherimóia (Annona cherimola) e a atemóia (híbrido entre as duas últimas).
PV com Lula lá, cá tanto faz
A notícia de que o PV se alinhou com PT, PCdoB e PSB para formar a federação (e apoiar Lula), pouco influi na Bahia, onde é aliado de ACM Neto.
Em 2014 o PV elegeu dois deputados estaduais, Marquinhos Viana e Marcell Moraes. O primeiro mudou para o PSB e o segundo para o PSDB, em 2018 o partido ficou no zero. E na Câmara de Salvador elegeu em 2016 Sabá, Marcelle Moraes e Paulo Magalhães. Agora, só tem André Fraga, que fica com Neto.
Ficamos nisso: Carnaval dos ricos tem, dos pobres...
Não houve surpresa no anúncio de Rui Costa para o cancelamento do Carnaval, até porque o pessoal de blocos e camarotes, que faturam alto com a festa, já tomou outras providências para fazer eventos restritos, o que levou o prefeito Bruno Reis a dizer que ‘o Carnaval dos ricos está resolvido, falta o dos pobres’.
Pois é. E cadê o dos pobres?
Flávio Emanuel, presidente do Conselho Municipal do Carnaval, diz que a folia tem isso, a parte cultural, expressa pelos blocos afros e afins, que nas atuais circunstâncias acaba sendo a parte mais prejudicada.
Em 2020, no último Carnaval, Salvador recebeu 845 mil turistas, mais de 100 mil deles de outros países. O prejuízo foi de R$ 1,8 bilhão.
Bom exemplo
Ibirapitanga, na região do cacau, está firmando uma boa tradição. Desde 2013 o centro da cidade recebe decoração natalina toda feita com garrafas pets e plástico em geral, o Natal Reciclado. O melhor: fica muito bonito, Papai Noel chega até de trem, tudo pet, e agita o mundo cultural da cidade.
Projeto afogado
Márcia Teles (PP), prefeita de Cotegipe, a Terra Mãe do Extremo Oeste baiano, como dizem lá, virou sensação nas redes do oeste. Ela inaugurou uma passarela sobre o Riacho do Brejo Grande, na cidade, e na primeira chuvarada, a água levou.
Influenza perversa
Guanambi, que vinha torcendo em peso por Dielle Anjos, filha da terra, no The Voice Brasil, muito lamentou a notícia de que ela e outros dois participantes, sendo Carlos Filho e Lusa Ngaca, deixaram a competição. Motivo: testaram positivo para o Influenza A.
Adeus a Tavo
O mix de dores que a Covid espalha inclui agora Otávio da Kombi, o Tavo, 62 anos, ex-vereador em Aurelino Leal. O corpo dele, caixão lacrado, foi velado na Câmara.