E Jerônimo fica no fogo cruzado entre Augusto, Pancadinha e Geraldo
Confira a coluna de Levi Vasconcelos desta quinta-feira, 9
Dizem em Itabuna que a facada está para Bolsonaro como a Covid para o prefeito Augusto Castro (PSD).
Explicando: ao levar a facada Bolsonaro ficou nos 30 dias que antecederam as eleições de 2018 recebendo as atenções de todas as mídias 24 horas por dia, sem abrir a boca e por motivo justo. A partir de março de 2020 Augusto ficou internado mais de 40 dias na UTI, 19 deles entubado e respirando com ajuda de aparelhos, mas saiu e virou prefeito.
Nas eleições do ano que vem Augusto vai encarar outro grande desafio: nunca Itabuna reelegeu um prefeito e ele corre atrás para quebrar o estigma. Consegue?
Embolada —Lá, o deputado estadual Pancadinha (SD) vem liderando as pesquisas, enquanto Augusto ostenta uma posição no mínimo exótica: o governo dele tem mais aprovação do que ele.
Pancadinha, na Assembleia, sempre se colocou como oposição a Jerônimo. Lá, Lula venceu nos dois turnos, mas ACM Neto também, com o detalhe que no segundo ampliou bem a vantagem (44,91% no 1º turno e 61,16% no 2º, contra 36,36% e 38,84% de Jerônimo).
No tabuleiro de 2024 Jerônimo tem em Itabuna o seu maior abacaxi para descascar entre os grandes municípios. O ex-prefeito Geraldo Simões se lançou candidato pelo PT, mas o partido se dividiu. Uma parte prefere apoiar Augusto.
Geraldo, prefeito duas vezes, botou a mulher Jussara e o filho Thiago como candidatos a prefeita e deputado e se queimou com uma ala. Dizem que se ele for candidato ajuda Pancadinha e o resto é com Jerônimo.
Prefeito de Queimadas solta o verbo: ‘Nós queremos é água’
André Andrade (PSD), prefeito de Queimadas, no semi-árido, falou anteontem na Comissão de Agricultura da Alba que o município vive a pior seca dos últimos 15 anos, e bradou:
— Queremos água! Nós queremos apenas água, simplesmente água!
Ele conta que o município é grande, tem 2050 quilômetros quadrados, e em alguns casos os carros pipa têm que levar água por até 40 km.
— Já temos a crise dos municípios e no nosso caso acresce mais essa. São R$ 150 mil por mês. Antes, a CAR ainda pagava o óleo diesel. Agora nem isso.
Na mesma linha foi Alinavaldo Martins dos Santos, o Vonte do Merim (PSD), prefeito de Retirolândia:
— Fui criado carregando jegue, sei o que é isso. A seca é um grande complicador.
Ubaldino Amaral (UB), de Valente, também diz que não aguenta pagar 200 caminhões por mês.
Um encontro em Conquista
O empresariado de Vitória da Conquista, o chamado setor produtivo, vai se reunir amanhã na cidade com o governador Jerônimo. Diz o secretário Angelo Almeida (Desenvolvimento Econômico), que ele vai fazer lá a mesma coisa que fez em Feira de Santana.
Em Feira, os empresários pediram recuperação do aeroporto e do Centro de Convenções, além do Anel de Contorno. E está tudo caminhando conforme o combinado.
Alagoinhas bota cerveja para turbinar o turismo
Autora do projeto que institui Alagoinhas como ‘A capital da cerveja’, a deputada estadual Ludmila Fiscina (PSD), também primeira dama (é esposa do prefeito Joaquim Neto – PSD), diz que a ideia embalou.
De 17 a 19 deste mês, Alagoinhas realiza o Bahia Beer Festival, que além das marcas tradicionais das grandes indústrias instaladas na cidade, que tem a Heineken como estrela, também vai contar com atrações especiais.
— Também vamos agregar num mesmo espaço e num mesmo momento as cervejas artesanais de toda a Bahia.
A Bahia tem 29 empresas fabricando cerveja artesanal, entre elas, a cerveja de umbu, de Uauá.