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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado Sunday, 25 de August de 2024 às 8:30 h | Autor:

Eliseu Corno Bondoso, o candidato exótico de 2024

A pérola do jogo em 2024 é de Salvador

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Eliseu Corno Bondoso
Eliseu Corno Bondoso -

Desde que a Justiça permitiu aos transgêneros o uso do nome social, em 2009, o processo só evoluiu, chegando a 2020 com o mesmo direito também para candidatos. E o relicário do folclore político ganhou farta inspiração.

Já se viu de quase tudo. A pérola do jogo em 2024 é de Salvador. Eliseu Santos Oliveira, candidato a vereador pelo PRTB, se registrou oficialmente botando como nome Eliseu Corno Bondoso, com uma justificativa lógica, segundo o próprio: defender as mulheres.

Aos 68 anos, tem seis filhos, quatro do primeiro casamento, no segundo ganhou mais dois filhos ‘e um par de chifres’, situação de que ele resolveu tirar proveito, inclusive político, como agora.

— O chifre foi feito para o homem, o boi usa de ousado.

7 de setembro

Residente no Comércio, comerciante, Eliseu diz que a opção é coisa séria, conta com advogados para as mulheres e psicólogos para os homens, com foco bastante definido.

— Os homens têm se tornado muito violentos com as mulheres, matam demais. O que queremos é mostrar que eles devem amar, e não matar.

E promete no 7 de setembro levar para o desfile uma motociata com 50 homens, todos de chifre. Os filhos, todos engajados na campanha, estarão entre eles.

É nessa pegada que ele espera ‘estourar a boca do balão’ este ano. Em 2022, foi candidato a deputado federal pelo Agir, teve 1720 votos. Agora, pretende chegar a 40 mil, justamente no embalo dos chifres, daí a ter posto o nome Eliseu Corno Bondoso. E os filhos, o que dizem?

— Levam na brincadeira. Mas eles amam o pai e isso fala muito mais forte.

Pão dividido

O otimismo de Eliseu é o mesmo que permeia candidatos de todos os lados, sempre cantando vitória. Nesse embalo, Eliseu é apenas o mais notável, mas o mix de nomes sociais exóticos é vasto.

Em Salvador, entre 832 candidatos registrados este ano, tem também Danilo Gago (PMB) e Gago Correria. Ele é do PL de Bolsonaro e adicionou o bordão de Rui Costa, o Rui Correria, o que é motivo de piada entre correligionários. ‘Ele fez a coligação impossível, o PL de Bolsonaro e o PT de Rui’.

Mas tem também Xavier Pato Rouco (PSD), Jorge Sem Lero Lero (Novo), Banguelinho (PMB), Buguelo a Voz do Povo (Avante), Tio Lindo (PSOL) e Tio Caveira (Mobiliza).

Antecedentes

Em 2020, a estrela dos nomes exóticos veio de Valença, coma candidatura de Humberto o coveiro vem aí. Ele é coveiro do povoado de Cajaíba e diz que o nome ganhou por isso e nunca ligou, mas a ação política vinha do envolvimento com a Zambiapunga, movimento cultural.

Não deu. Teve só 137 votos e prevaleceu o coveiro, enterrou a carreira. Já em 2022, o nome foi o de Cacete Pão Dormido (Pode), assim chamado por não dobrar as pernas, o que levou ao apelido de Perna de Pau e ele desdobrou acrescentando ‘o lado democrático, o Pão Dividido’. Não colou, na terra dele, São Francisco do Conde, teve 427 votos.

Diz Eliseu que ele é o cara que vai quebrar a regra. Em outubro a gente confere.

Colaborou: Marcos Vinicius

Em Guanambi, Nal surfa na herança e na administração

Nal Azevedo (Avante), empresário, herdeiro do trono do ex-governador Nilo Coelho, que aos 80 anos, em novembro do ano passado, renunciou ao mandato de prefeito de Guanambi, vai para a reeleição este ano em situação tranquila.

O ex-prefeito Charles Fernandes (PSD), hoje deputado federal, ficou no vou não vou, não foi.

Nal enfrenta o médico Ruy Fernandes (PT) e Walmir da Conar (PMB), mas os próprios aliados de Charles admitem: ‘Está muito difícil’.

POLÍTICA COM VATAPÁ - Bom destino

Conta o advogado Isaac Newton, celebrando os 60 da UPB, a entidade que congrega os 417 prefeitos baianos, que lá pelo início dos anos 90 Lomanto Júnior, novamente prefeito de Jequié, costumava ir à UPB para se informar das novidades e passava boa parte do tempo na Assessoria Jurídica.

Era um prazer, até porque ele esbanjava jovialidade, contando muitas histórias com o tempero da ternura.

E eis que num desses dias lá estava Lomanto quando chegou Jailma Dantas, primeira prefeita de Banzaê. E logo os dois foram apresentados:

— Lomanto, essa aqui é Jailma, prefeita de Banzaê. Jailma, esse aqui é Dr. Lomanto Júnior, ex-prefeito, ex-governador, ex-senador e agora novamente prefeito.

Conversaram muito, quando ela se despediu:

— Minha filha, foi um prazer. Mas se eu fosse bonita como você acabaria presidente da República!

Jailma não foi presidente, mas agora em dezembro se despede do 5º mandato de prefeita.

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