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COLUNA

Levi Vasconcelos

Por [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 24 de outubro de 2020 às 6:06 h | Autor:

Em Candeias, Dr. Pitágoras lidera com folga contra Tonha e Chico

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Dr. Pitágoras (PP) visa à reeleição | Foto: Abdias Alves | Divulgação
Dr. Pitágoras (PP) visa à reeleição | Foto: Abdias Alves | Divulgação -

Pitágoras Ibiapina (PP), o prefeito de Candeias que tenta a reeleição, lidera com folga a disputa: tem 46% das intenções de voto contra 16% de Tonha Magalhães (DEM), ex-prefeita, a segunda colocada num mix de oito candidatos. Surpreendente? De certa forma, sim.

Pitágoras tem uma trajetória singular na política de Candeias. Filho da terra, lá por volta do ano 2000, arrumou as malas e foi para La Paz, na Bolívia, estudar medicina. Voltou Dr. Pitágoras, médico daqueles de ir de casa em casa, em 2012 se candidatou a vereador e estourou de votos, em primeiro. Em 2016, resolveu disputar a prefeitura, contra ex-prefeita duas vezes (de 1997 a 2004), ex-deputada federal. E ganhou.

Conturbação — Candeias vem de um ciclo conturbado. Quando deixou a prefeitura, Tonha apoiou a sobrinha, Amiga Ju.

Acabou cassada. A sucessora dela, Maria Maia, que já tinha sido prefeita, também foi cassada. E o Sargento Francisco, que era o prefeito e agora quer de novo, mas está bem atrás, em terceiro, fez uma administração bastante conturbada.

Pitágoras entrou nessa brecha, este ano, com uma novidade: fisicamente ele mais se parece com um índio, mas na Justiça Eleitoral declarou que sua cor é preta.

Tonha já acumula três derrotas na tentativa de retomar a prefeitura. Se perder este ano, vira hexa em derrotas. Em Candeias se diz que, se quiser voltar, é melhor ir pensando em 2024.

Em Ipiaú, D. Graça Mendonça dispara e fica franca favorita

Outra pesquisa A TARDE/Potencial é em Ipiaú. A prefeita Graça Mendonça (PP) tem 52%, contra 22% de Alipinho (MDB) e 10% de Deraldino Araújo (DEM), ex-prefeito e também ex-principal adversário. Isso a 20 dias das eleições, só muda com uma hecatombe política.

E aí tem uma história curiosa. Natural de Ribeirópolis, Sergipe, filho de Mamede Paes Mendonça, o lendário dono da rede de supermercados Paes Mendonça, José Andrade Mendonça herdou do pai fazendas em Ipiaú, adotou a terra, foi prefeito de 2001 a 2008 (dois mandatos) e lá fincou pé de vez.

Em 2008, venceu em Ipiaú Deraldino, que em 2012 se reelegeu, mas em 2016 José Mendonça demonstrou que politicamente está firme e forte: foi decisivo na vitória da esposa, D. Maria da Graça Mendonça, ou simplesmente D. Graça, essa mesma que agora desponta bem na pesquisa, que deixa o recado: pelo lado político, espaço garantido.

O caso Tom, a grande bobeira

Irênio Pinheiro, leitor, nos pergunta por que entendemos de dizer que o deputado Pastor Tom (PSL), cassado pelo TSE, deu ‘a bobeira do século’.

Simples. Ele era da PM quando se elegeu vereador em Feira de Santana, usando a prerrogativa dada a policiais de só precisar filiar-se no dia da convenção. Adotou a mesma tática em 2018, a Justiça entendeu que ele já não tinha o direito. A bobeira está aí: era só se filiar.

Joaci deixa a presidência da ALB. Problema político

Em sessão (virtual) da Academia de Letras da Bahia (ALB) na noite de anteontem, o presidente da casa, Joaci Góes, deu ponto final nas desavenças políticas que enfrentava: renunciou à presidência, contra a vontade de grande parte dos acadêmicos.

Empresário a vida inteira, escritor nas horas vagas, Joaci foi deputado federal e ideologicamente sempre se colocou no centro. Como presidente da ALB, não raro declarava uma coisa que ele sempre diz por onde anda:

– Se eu tiver que votar entre Fernandinho Beira Mar e Lula, fico com Fernandinho.

Isso incomodava a esquerda da ALB, capitaneada por João Carlos Salles, reitor da Ufba.

– Como eu não posso falar? Eu tenho uma biografia. Eu saio, mas eles não vão mandar.

POLÍTICA

COM VATAPÁ

O caçador

Essa vem da lavra de Sebastião Nery, o top do Folclore Político.

Comecinho da noite de 15 de janeiro de 1985, Minas Gerais explodia em alegria com a estrepitosa vitória de Tancredo Neves contra Paulo Maluf, na disputa presidencial no Colégio Eleitoral (Congresso).

Tancredo uniu Minas, inclusive o seu adversário histórico, Magalhães Pinto.

Todos celebrando na casa de Tancredo, Magalhães Pinto no meio, chega José Aparecido de Oliveira, um amigão.

– Esse Tancredo é mesmo um cara retado! Botou todo mundo no bolso! Ele me lembra aquela história do caçador que entrou numa caverna, deu de cara com uma cascavel, voltou pra correr, deparou com uma onça, rodou o braço para trás, pegou a cascavel enfiou no rabo da onça, matou a cascavel sufocada e a onça envenenada!

Magalhães levantou falando firme:

– E eu sou o quê nessa história, Aparecido?! Eu sou o quê?!

Tancredo pulou de lá:

– O caçador, Magalhães, o caçador!

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