Em termos de grana a Bahia vai bem. E com baixo endividamento
Confira a coluna de Levi Vasconcelos desta quarta-feira, 29

A Bahia deve hoje 22% de um orçamento de R$ 75 bilhões. Pouquíssimo, se considerar que São Paulo, o estado mais rico do país, vai mais de 116%. Isso em princípio parece que é bom, mas é fruto de maldades. No governo Temer, nada. No de Bolsonaro, pior.
O cenário foi exposto ontem pelo secretário Manoel Vitório, quando foi à Comissão de Finanças da Assembleia prestar contas do quadrimestre. Sobre as travas impostas a pleitos baianos, ele conta um caso muito interessante.
— Pedimos um empréstimo ao Banco do Brasil e já estava tudo autorizado e o banco chegou a nos cobrar as tarifas, de repente tudo travou. Tivemos que entrar na justiça para tomar um empréstimo. Já se viu isso?
Portas abertas —Vitório diz que a Bahia perdeu, porque obras significam geração de empregos, mais dinheiro circulando.
— A obra da ponte Salvador-Itaparica vai movimentar uma economia mais do dobro do gasto na própria ponte.
Ele ressalva que as travas significaram muitos atrasos em saúde, educação e infraestrutura, entre outros. Mas tem uma compensação:
— Agora que a situação federal mudou, temos uma Bahia com boa capacidade de endividamento. Não vamos cometer os exageros de outros estados, mas acho que aí em torno de 50% fica bom.
Ele diz também que apesar disso a Bahia vem mantendo o ritmo dos investimentos públicos. Em termos absolutos, São Paulo está na frente, mas proporcionalmente a Bahia lidera.
Adolfo e o TCM: ‘Fui convidado para o céu, mas eu não quis’
Num bate papo ontem com jornalistas, no tradicional almoço de fim de ano, o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), respondeu ao ser abordado se o nome dele estaria entre os que pretendem a vaga de Fernando Vita no TCM.
— Me entregaram um bilhete convidando para o céu, mas eu não quero ir agora.
Numa conversa descontraída, ele também falou sobre o papo da reeleição, muito presente nos debates dos últimos dias. Descartou que tenha interesse, até porque precisa saber com clareza quais serão as regras do jogo para a eleição que só vai acontecer em fevereiro de 2025. Não disse, mas deixou escapar que se as regras permitirem, quem sabe. Ante a surpresa, emendou:
— Esperem aí. Eu não sou santo. Nem nunca quis ser.
Até porque, a Bahia não tem santo, só santa. E o endereço é único, o Largo de Roma.
Na espera de Jerônimo
Pergunta ao vice-governador Geraldo Jr (MDB), pré-candidato a prefeito de Salvador pela banda do governo: e a quantas anda o processo da escolha?
— Estamos esperando Jerônimo. É ele que vai reunir o Conselho Político e definir.
Entre os aliados do governo dizem que o tal Conselho Político até agora nada produziu. Disse um deles: ‘Faz uma reunião, e a única coisa definida é da ata da próxima reunião’.
Na Alba, a arte de Maninho, o que pinta, compõe e etc
A bola da vez no saguão de entrada da Assembleia esta semana é um artista top. Edson Peixinho, o Maninho Pintor, filho de Monte Santo enraizado em Serrinha, 82 anos, pinturas espalhadas por todos os cantos do planeta. Ele já andou por São Paulo, Belo Horizonte e por incrível que pareça está pela primeira vez em Salvador exibindo telas sobre pontos históricos como se tivesse muita intimidade.
— A predileta é essa aqui.
E exibe uma tela do Largo do Pelourinho que tem num show no meio do povão personagens como Michael Jackson e Bel Marques.
Mas Maninho também faz esculturas em pedras e portais de entradas de cidades. É só chamar.