Francia Márquez, a colombiana vira símbolo contra o racismo | A TARDE
Atarde > Colunistas > Levi Vasconcelos

Francia Márquez, a colombiana vira símbolo contra o racismo

Francia Elena Márquez Mina é a primeira negra a chegar ao poder na América do Sul, como vice-presidente da Colômbia

Publicado quarta-feira, 27 de julho de 2022 às 05:30 h | Autor: Levi Vasconcelos
Francia e o jornalista Yuri Silva, na briga contra o racismo
Francia e o jornalista Yuri Silva, na briga contra o racismo -

Nilo Peçanha, o vice de Afonso Pena que assumiu a presidência do Brasil por conta da morte do titular, era mulato, mas todos diziam que era branco. Hoje é o inverso. Ele é lembrado como o primeiro negro a chegar ao poder no Brasil, pouco mais de 20 anos após a abolição da escravidão.

Claro que o emblema maior da negritude no poder é Nelson Mandela, na África do Sul (1994-1999), mas a história sul-americana encaixa em lugar top Francia Elena Márquez Mina, a primeira negra a chegar ao poder na América do Sul  como vice-presidente da Colômbia, segundo a própria, para dar visibilidade aos ‘ninguéns’.

Francia Márquez está no Brasil. Ontem, na Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, em São Paulo, ela participou de encontro com movimentos negros. O jornalista Yuri Silva, ativista baiano e coordenador nacional do Coletivo de Entidades Negras, estava entre os que a recepcionaram.

O xis da questão —Yuri diz ter pedido a Francis que falasse com Lula uma questão:

— Pedimos que ela transmitisse a Lula a importância de construir um governo com a centralidade do combate ao racismo.

Fala Francia:

—Como não sou a pessoa da tática eleitoral, da tática política, digo tudo que eu quero dizer sempre. Claro que sim. Levarei o recado de vocês.

Francia deixou claro também que a conquista do mandato dela, ‘é meio, e não fim’’. E a luta é longa. Ela lembrou não ser possível tolerar que a cada 23 minutos um negro sofra morte violenta no Brasil. E a Colômbia vai na mesma pegada.

Governo explica que o caso do Zoo é apenas uma concessão

A respeito da nota que publicamos aqui semana passada sobre ‘a privatização’ do Jardim Zoológico de Salvador, ou Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, o nome oficial, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema)  diz que na verdade será apenas uma concessão (e não privatização), por 30 anos.

Pela concessão proposta, quem ganhar a licitação deve requalificar o espaço da visitação e explorá-lo pelo período contratado.

No modelo proposto o Estado continua participando da gestão, especialmente no que diz respeito ao trato dos animais.

No primeiro ano o ingresso deve custar R$ 7,50, R$ 15 a partir do terceiro e R$ 60 do sétimo. Mas o visitante terá quadra, playground temático e área de avistamento de baleias, que aliás, também são tidas como integrantes do Eco Parque Zoobotânico.

Porto Seguro e o bom som

Em Porto Seguro, onde se diz que é sempre verão de inverno a inverno, a Secretaria do Meio Ambiente resolveu apertar o cerco contra a poluição sonora.

Lá, o limite de decibéis noturno para bares e restaurantes na área turística é de 55. O dono de um restaurante na Passarela do Álcool diz que lá é diferente:

— Aqui, temos uma cara muito própria. O barulho ao invés de tirar o sossego, dá.

Rui e Roma na Unigel, o palco da energia do futuro

A Bahia deu ontem um passo no rumo do futuro com o lançamento da pedra fundamental da Unigel, a primeira fábrica de hidrogênio verde do Brasil, a opção energética do futuro: é renovável e não poluente, tudo o que todos querem.

Mas o start do avanço às vésperas do início da campanha eleitoral gerou curiosidade pelos atores políticos presentes. O governador Rui Costa estava lá pelo cargo que ocupa, óbvio, João Roma como representação disfarçada de Bolsonaro e o prefeito Antonio Elinaldo (UB), aliado de ACM Neto, não foi, mandou o vice-prefeito José Tude representá-lo.

O investimento  é de R$ 120 milhões e espera-se que comece a funcionar no fim de 2023.

Publicações relacionadas