Genildo, uma história macabra que comove a região do cacau

O que leva um empresário tão bem-sucedido e uma pessoa tão bem querida a ter um final tão infeliz como o de Genildo?
A pergunta aí, que permeia nas redes da região do cacau, refere-se a Eugenildo Almeida Nunes, o Genildo, 63 anos, dono de um rede de supermercados e outra de postos de gasolina, top nas altas rodas da região, casado, pai de três filhas médicas e um genro juiz, que se tornou vítima numa história macabra.
Em março ele foi acusado pelo Ministério Público de ter abusado de duas menores de 15 e 13 anos. Já brigava contra um câncer, vivia angustiado. Sábado último apareceu morto em casa em Ubatã, onde morava, com um tiro na cabeça, um revólver ao lado e uma carta dizendo que ele não era o monstro que estão pintando e era tudo armação.
Assassinato — Na quinta a polícia prendeu três pessoas, duas delas, ex-funcionários. Não foi suicídio. Foi assassinato. Tramado para roubar alguns milhões.
Genildo era boa-praça. Na política, avisava aos candidatos em disputa: ‘Eu não sou nem você e nem você. Mas sou você e você. Tome o seu e tome o seu’. Não tinha inimigos. Foi vítima da cobiça alimentada por um inferno astral que implicava um imenso falatório sobre extorsões dos pais da menina.
Vê-se, é uma história triste. E também nas redes perguntam: o Ministério Público fazia justiça ou deu o suposto álibi que os bandidos usaram para matá-lo? Responda você. Qualquer opção dá controvérsias.
Varjão ficou fora da Covid
A jornalista Elane Varjão, filha do jornalista Eliezer Varjão, falecido esta semana e sepultado quinta no Jardim da Saudade, faz questão de esclarecer: o pai dela não morreu de Covid, como alguns disseram.
– Meu pai teve alguns desacertos por conta de alguns procedimentos que podem ocorrer em longos períodos de internação. Ele ficou quatro meses no Hospital Aliança e dois meses no Sírio-Libanês, em São Paulo.
Nazaré ganha uma indústria
Nazaré das Farinhas vibra com a notícia: a R Dois Injetados, indústria de ingredientes para a fabricação de calçados como solados e espumas sintéticas, vai começar a operar este mês. O investimento é de R$ 3 milhões e vai gerar algo em torno de 150 empregos diretos.
Luiz Gustavo Ritter, diretor da R Dois, diz que a indústria vai produzir lá 100 mil solados para chinelos e 80 mil chinelos rasteiros e sandálias de costura.
Prêmio para Cel. Anselmo
O coronel PM Anselmo Bispo, que ano passado disputou a prefeitura de Juazeiro pelo DEM, não tem muito a se queixar da sorte: foi apresentado esta semana como novo superintendente regional da Codevasf, órgão da administração federal que no sertão tem peso forte.
Anselmo teve 12.006 votos (10,4%), quase seis vezes menos do que a vencedora, Suzana Ramos (PSDB), hoje prefeita. E chama a atenção que ele é do DEM de ACM Neto.
Joaquim vacina Joseildo, civilidade em Alagoinhas
Joaquim Neto (PSD), prefeito de Alagoinhas, evocou sua condição de médico e fez questão de vacinar ontem o ex-prefeito, deputado federal e adversário Joseildo Ramos (PT).
– Eu fiz questão de vacinar Joseildo, que já foi prefeito duas vezes, foi deputado estadual, é federal e pegou a fila desde cedinho como uma pessoa qualquer.
E Joseildo:
– É a vacina que vai nos salvar. Vacina sim!
Perguntaram a Joaquim se ele vacinaria também o ex-prefeito Paulo Cezar (DEM), a quem derrotou no ano passado.
– Se ele vier, vacino também.
Na velha política, o político não dava o braço ao adversário com medo de veneno.
POLÍTICA COM VATAPÁ
A pirrola
Conta Carlos Santos, que faz em Natal, no Rio Grande do Norte, o Só Rindo, o Política com Vatapá de lá, que o padre Francisco de Miranda Mota, o Padre Mota, corpudo e rechonchudo, virou prefeito de Mossoró lá por volta de 1950 sucedendo Dix-Sept Rosado, que se tornou governador (e não completou o mandato porque morreu num acidente de avião em Sergipe), um dia estava em casa saindo do banho enrolado numa toalha quando entrou um casal com uma filha, menina de 5 anos. Pediu:
– Me deem um tempinho que eu preciso botar uma roupa, ficar mais composto.
– É rapidinho, padre.
De toalha sentou, começou a conversar, quando a menina falou debaixo da mesa.
– Ih!... Eu tô vendo a pirrola dele.
O casal ficou sem graça, o padre emendou:
– Você conseguiu, minha filha! Tem anos que eu estou tentando e não consigo!
Até a ‘pirrola’ do padre circula entre potiguares.