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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 03 de outubro de 2024 às 5:00 h | Autor:

Gleisi prioriza Feira e Conquista, mas entre os grandes dá para ir mais

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

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Gleisi em Vitória da Conquista
Gleisi em Vitória da Conquista -

Na visita que fez a Salvador esta semana, a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, disse que a prioridade do partido na Bahia nas eleições domingo é Feira de Santana e Vitória da Conquista, mas uma olhada sobre o cenário entre os 20 maiores mostra que pelo menos em mais dois, Camaçari e Ilhéus, a legenda está altamente competitiva.

Ela até fez um afago em Salvador com Fabya Reis, a vice de Geraldo Júnior (MDB), que é do PT. Mas em Feira e Conquista, há um detalhe particular, Zé Neto e Valdenor Pereira são deputados federais, colegas de Câmara, são amigos e conhecidos.

Em Feira, que o PT nunca governou, Zé Neto vislumbra a chance de ganhar a primeira, após cinco derrotas. Em Conquista, o cenário é mais complexo. Valdenor quer o 2º turno com ele, tendo a prefeita Sheila Lemos (UB) com a elegibilidade questionada e Lúcia Rocha, do MDB, pontuando bem.

Mais forte —Seja como for, entre os 20 maiores da Bahia o PT hoje só governa Lauro de Freitas com a prefeita Moema Gramacho. E além de Zé Neto, Valdenor, e Luiz Caetano, em Camaçari, tem também Adélia Pinheiro, em Ilhéus.

É um cenário bem melhor que o de 2020, quando no conjunto do Estado o partido só elegeu 32 prefeitos. Na era Jaques Wagner governador já teve 67.

Nas idas e vindas partidárias ganhou mais cinco, hoje tem 37. E Eder Valadares, o presidente estadual, diz que o partido trabalha para dobrar o número. Vai? Os ventos estão favoráveis.

Colaborou: Marcos Vinicius

E Ilhéus federalizou a disputa? Está tudo indicando que sim

A renúncia à candidatura a prefeito de Ilhéus do Coronel Joelson Resende Bonfim, o Coronel Resende (PL), bolsonarista ostensivo, para ajudar Valderico Júnior (UB) contra Adélia Pinheiro (PT) alterou o cenário lá?

Pelo menos no discurso, sim. O PT bate forte nisso, embalado pelos resultados de 2022 quando Lula ganhou no 1º turno de 57,86% contra 34,09% de Bolsonaro, e no 2º turno de 61,15% contra 38,85%.

Lá a disputa está trincada, com Adélia na frente, mas todos dizendo que o jogo está aberto.

Valderico tem a favor o prefeito Mário Alexandre, o Marão (PSD), governista, que esta semana recebeu a segunda visita da PF, desta vez acusado de crimes eleitorais, mas apesar de acuado, insiste em manter a candidatura do ex-secretário Bento Lima (PSD). Ganhar lá com Adélia para o governo é questão de honra.

O cenário em Paulo Afonso

Mário Galinho (PSD), que em 2020 perdeu a eleição para o prefeito Luiz de Deus por apenas 805 votos (foram 23.015 contra 22.210), agora em 2024 desponta como favorito contra Marcondes Francisco (PP), que é apoiado pelo prefeito.

Corre por fora Onilde Carvalho (Novo). Lá concorrem também Marconi Daniel (PT), Dudé da Vitran (Rede) e o médico Juliano Nogueira (Republicanos).

Kleber ponga em Lula para se firmar na esquerda. Colou?

Já que Geraldo Júnior (MDB) sempre foi olhado de banda por grande parte da esquerda, a expectativa é saber até que ponto Kleber Rosa (PSOL) tirou dele nesse campo.

Kleber sempre se associou a Lula, que em 2022 venceu Bolsonaro na capital baiana, no 1º turno de 66,99% contra 24,07% e no segundo de 70,73% contra 29,27%. E focou a campanha que se finda por aí, inclusive exibindo uma foto dele moderno, ao lado de Lula, para dizer que ‘sempre foi Lula’.

Lula também apareceu na campanha declarando apoio a Geraldo, mas deputados ligados à esquerda dizem que o ponto xis é responder à pergunta: colou? Muitos acham que nem tanto.

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