Humberto, da Faeb, afirma que a questão ambiental requer união | A TARDE
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Humberto, da Faeb, afirma que a questão ambiental requer união

Publicado sábado, 06 de novembro de 2021 às 06:03 h | Autor: [email protected]
Humberto Miranda, presidente da Federação da Agropecuária do Estado da Bahia (Faeb) | Foto: Ascom-Sistema Faeb | Senar | 14.10.2019
Humberto Miranda, presidente da Federação da Agropecuária do Estado da Bahia (Faeb) | Foto: Ascom-Sistema Faeb | Senar | 14.10.2019 -

E os compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática (COP26), que pretendem reduzir a emissão de gases na atmosfera até 2030, dá para cumprir?

Segundo o presidente da Federação da Agropecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, é possível sim, mas o encaminhamento requer compromisso de todos, e a sintonia dos governos federal, estaduais e municipais na causa.

— A sustentabilidade ambiental é um compromisso de todos. Estamos 100% de acordo com as metas da Cop26. Agora, para que essas metas sejam factíveis, é preciso ter dinheiro, assistência técnica e o desenvolvimento de novas técnicas de irrigação.

No PIB — No caso da Bahia, por exemplo, são 700 mil produtores, 90% deles pequenos. O conjunto significa, segundo Humberto, ou ‘da porteira pra dentro’, ressalva o próprio, são 23,8% do PIB baiano, que é de R$ 300 bilhões, gerando 33% do total de empregados.

— Há uma enorme variedade de cultivares e em franca expansão. A fruticultura, por exemplo, na Bahia está dando saltos gigantescos.

É a pluralidade das atividades com as particularidades de cada uma que impõe a necessidade de assistência técnica com um compromisso rigoroso do poder público.

Em síntese, o meio ambiente saudável é tão fundamental quanto alimentar-se. A questão é ajustar, mas a estrada é tão longa quanto penosa.

Leão volta da Europa otimista: ‘Eles querem vinho e chocolate’

E já que o papo é o agronegócio, João Leão, vice-governador e secretário do Planejamento, voltou muito otimista do périplo que realizou em Portugal e na França no fim do mês passado.

— A Bahia tem hoje quatro vinícolas, a começar pela pioneira Miolo. Conversamos com 15 grupos empresariais de Santa Catarina, nove de Portugal e cinco da França. Se nós viabilizarmos 10 ou 15 aí, está bom demais.

Leão viajou para lá com farto material áudio visual e mostrou especialmente o avanço do agronegócio nas bordas do Rio São Francisco. Ele conta que empresários franceses estão particularmente interessados que em Côcos há fazendas de cacau irrigado com produção de 200 arrobas por hectare, um recorde histórico, também produzindo chocolate.

— Eles já fazem o chocolate lá. E virão cá para tentar viabilizar a produção do próprio cacau.

Dia do Homem dá o que falar

A sanção, em Porto Seguro, pelo prefeito Jânio Natal (PL), de uma lei que institui o 1º de novembro como Dia do Homem, já deu o que falar e vai dar mais. A mídia nacional está correndo atrás.

Curioso é que o autor da lei, o vereador Eduardo Levino Soares, o Eduardo Tocha, se elegeu pelo PMB, o Partido da Mulher Brasileira. Entre as piadas nas redes, uma diz que ele quebrou o prato que se elegeu.

Renato Simões, lá se vai mais um ator da nossa era

Renato Simões, ou Dr. Renato, como o chamávamos, presidente de honra de A TARDE que nos deixou anteontem, aos 96 anos, faz parte do retrato de um tempo na cena baiana. Ao lado de Norberto Odebrecht, Sérgio Tourinho e outros que já se foram, era a elite baiana na segunda metade do século passado. Foi nessa ponga que nos aproximamos do velho Norberto, que sempre fazia questão de nos avisar: ‘Renato é meu amigo’. E eis que lá um dia Norberto recebeu uma comitiva liderada pelo presidente da Nigéria.

— Em que vai dar isso, Dr. Norberto?

— Se você publicar o que vou lhe dizer, falo com meu amigo Renato e amanhã mesmo você estará no olho da rua. Em nada!

Quando soube, Dr. Renato gargalhou.

POLÍTICA COM VATAPÁ

O insensível

Hermes Sodré, tido como o primeiro vaqueiro a tornar-se vereador em Feira de Santana e como senhor do distrito de Maria Quitéria marcou época na política lá, muito mais pelo lado folclórico. 

Semi-analfabeto,  fiel escudeiro da dupla Colbert Martins e Chico Pinto, ficou famoso por disparar ingenuidades com pretensões filosóficas temperadas com o uso rasteiro da sagacidade.

Contam que certa feita ele avistou um enterro descendo pela Avenida Getúlio Vargas, a principal de Feira. Imediatamente passou a acompanhar e instantes depois estava aos prantos. Um amigo viu, foi consolá-lo.

— Acalme-se, Sodré. Primeiro me diga quem é o falecido.

E ele, chorosamente:

—Não sei...

— Não sabe? Como não sabe, se você está chorando tanto assim?

Sodré o encarou com o ar de indignação:

— Você é um insensível, meu amigo. Morrer é triste para qualquer um. O nome só serve para botar na moção de pesar.

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