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Mara, a prefeita de Muquém, uma petista que os bolsonaristas gostam

Confira a coluna de Levi Vasconcelos deste sábado

Publicado sábado, 26 de agosto de 2023 às 05:30 h | Autor: Levi Vasconcelos
Mara Rios, prefeita de Muquém do São Francisco
Mara Rios, prefeita de Muquém do São Francisco -

Mara Rios, uma das 52 prefeitas baianas, pilotando os destinos de Muquém do São Francisco, no norte do oeste baiano, circulou entre colegas na Caravana Federativa vezes lembrando nas rodas de conversa:

— Eu sou a única petista que botou os bolsonaristas para votar em Jerônimo.

E foi. Lá, um paraíso do agronegócio que tem como ponto forte a pecuária, o bolsonarismo é forte. Mas Lula e Jerônimo venceram com folga.

Advogada, 43 anos, funcionária da justiça na Comarca de Ibotirama, o marido, Gilmar Araújo, também advogado e também servidor da justiça na Comarca de Barreiras, dois filhos, um de 29 e outro de 19 anos ela diz que o pai, Gilson Santana, é do agronegócio e bolsonarista.

O foco — Muquém tem vasta área de 3.800 quilômetros quadrados, população de 10.400 habitantes, a grande maioria, 70%, residindo na zona rural. Além do agronegócio, tem oito assentamentos, cinco comunidades quilombolas e cinco povoados indígenas, três deles aldeados (tuxá, kiriri e pankararu) e mais tapuias e potiraguá.

Embora grande parte dos prefeitos do oeste baiano não tenha vindo para a Caravana Federativa porque Brasília é mais perto, Mara diz que para ela tanto faz:

— Todos dois são distantes. Brasília fica a 850 km e Salvador a 730. Seja onde for a pedida é a mesma, estradas. Nós somos um município eminentemente rural.

Foi com foco que ela seduziu a todos, bolsonaristas e petistas. Com o detalhe: lá não tem o MST atazanando fazendeiros.

— Não curto isso. Não gosto.

Sondagem em cima de Vita

Fernando Vita, o conselheiro do TCM que se aposenta no fim do ano, vem sendo sondado por alguns pretendentes à vaga sobre a possibilidade de antecipar a saída.

Ele completa 75 anos em 22 de dezembro, a data limite para a permanência no cargo, e o pessoal faz suas projeções: se assim for, a Assembleia entra em recesso em janeiro e a escolha fica para fevereiro. Se ele sair antes, o caso se resolve ainda este ano.

Para Tanus, o  combustível do futuro ainda é incógnita

Walter Tanus reuniu amigos e associados anteontem na inauguração da nova sede do Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniências da Bahia, o Sindicombustíveis, do qual é presidente, no Edifício ITC, no Stiep. Uma pergunta a ele: a chegada da BYD com a fabricação de carros elétricos será o fim da era dos combustíveis à base de petróleo, como a gasolina e o diesel?

— Não tenho dúvida de que a matriz está mudando, mas acho que o carro do futuro não será o elétrico. Qual é a vantagem do elétrico? O motor. A desvantagem: a bateria, que é extremamente cara, usa minerais raros. Estamos mudando, mas a alternativa será outra.

Ou seja, o carro do futuro ainda virá.

A Transalvador não perdoou, atacou na Caravana Federativa 

Os prefeitos que contabilizavam a economia de custos evitando a viagem a Brasília como um dos grandes benefícios da Caravana Federativa, realizada anteontem e ontem no Centro Administrativo da Bahia (CAB), ao lado da Assembleia, não contaram com um detalhe, as multas da Transalvador.

Dezenas de carros foram multados ou guinchados ao longo da pista nos arredores do evento. Argumento: estavam bloqueando as pistas de ciclistas (quase nunca usadas, ressalte-se). Os próprios soldados da PM desaconselhavam estacionar na área e explicavam o motivo.

Uma das vítimas conduzia o carro de um dos 10 maiores municípios (não quis identificação e nem ninguém se queixou na UPB), que foi guinchado:

— Tomei um baita susto. Pensei que o nosso carro tinha sido roubado.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Descrédito

Conta Carlos Santos, o homem que faz o folclore político potiguar, o Só Rindo, direto de Mossoró, que Garibaldi Alves Filho, governador do Rio Grande do Norte de 1995 a 2002 (dois mandatos consecutivos), figura popular, habituado a ir a casamentos, batizados, aniversários, festas populares em geral, contanto que estivesse sempre perto do povão,  lá um dia foi ao velório num bairro popular, endereço modesto, mas o falecido digno de todas as deferências dele.

Em frente à casa, um telefone público, o famoso “orelhão”, começa a tocar. E tocava, tocava, tocava, ninguém deu bola, resolveu ir atender:

— Pois não, amigo.

— Quem é que está falando?

— É Garibaldi.

— Que Garibaldi?

— Garibaldi Alves, o governador.

— Vá à merda, seu fdp! Isso é hora de brincar!

Calmamente chamou um auxiliar, passou o telefone, explicando.

— Tome. Atenda aí. Ele não acredita em mim.

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