Matar Alexandre de Moraes, Lula e Alckmin? É a política virando doença
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Se em 1964, quando os militares deram o golpe e derrubaram João Goulart, tinha a guerra fria, entre os EUA de um lado e a União Soviética querendo espalhar o comunismo pelo planeta de outro, qual seria a justificativa para um golpe agora?
A pergunta aí vem de Valdenor Pereira, do Imbuí, hoje aos 80 anos, se dizendo embasbacado com a notícia de que bolsonaristas de alto coturno planejaram matar Lula, o presidente eleito, Geraldo Alckmin, o vice, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Amigo, em primeiro lugar, como você coloca, a conjuntura era outra, os golpistas tinham um discurso com lastro internacional. E desta vez, eles até tentaram apoio dos EUA, mas Joe Biden disse não. E diria sim por quê? Ameaça comunista? Na cabeça deles, sim.
Aloprados –Convenhamos, os apoiadores de Bolsonaro que invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e a sede do STF no 8 de janeiro do ano passado, mais pareciam um bando de aloprados. Tomar o poder quebrando obras de arte?
Pois foi exatamente isso que aconteceu. E quando todos pensavam que o alopramento parava por aí, vem a revelação do plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, bolado por gente do alto escalão.
Parece mais surreal ainda ver o senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) dizendo que ‘pensar em matar alguém não é crime’. É essa a galera que se empolga com a eleição de Trump nos EUA para voltar em 2026? Como diriam os evangélicos, o sangue de Jesus tem poder.
Colaborou: Marcos Vinicius
Leo Prates e a regra da saúde
Secretário de Saúde de Salvador durante a pandemia da Covid, o deputado federal Leo Prates (PDT) comemorou a retirada da regra que suspendia a obrigatoriedade de destinar 50% das emendas de comissão para a saúde.
– Isso tiraria da saúde recursos fundamentais para o custeio. E a população pagaria muito caro.
A regra foi imposta por uma emenda no Senado e a Câmara derrubou.
Enfim, Sheila Lemos respira aliviada. Domingo vai ter festa
Acusada de estar tentando um terceiro mandato depois que a mãe, D. Irma Lemos, como vice de Herzem Gusmão (MDB) assumiu 14 dias quando o titular internou-se com a Covid, Sheila Lemos (UB) se elegeu no 1º turno com 58% dos votos, mas só pode comemorar pra valer ontem, quando o TSE anunciou: a candidatura dela é legítima.
Sheila estava em Salvador quando recebeu a notícia e foi recepcionada ontem no aeroporto por uma multidão. Finalmente domingo fará uma grande carreata para festejar o momento.
As três instâncias do Ministério Público já haviam opinado em favor dela, não houve surpresa. Mas havia a expectativa da palavra final. Os aliados dela farão uma grande carreata domingo. Além de ser a primeira prefeita, ela também foi a única a vencer no 1º turno desde que os dois turnos começaram a valer lá, em 2012.
E a maresia está engolindo a nova ponte de Ilhéus? Parece
Num painel com fotos provando o que diz, o historiador José Rezende Mendonça aponta: a maresia, ou a alta salinidade no local em que foi construída a nova ponte Ilhéus-Pontal, que integra o Complexo Porto Sul, inaugurada por Rui Costa em julho de 2020, está corroendo as estruturas.
José Mendonça lembra que com pouco mais de um ano de inaugurada já lembrava que a obra não aguentaria quatro anos.
Ele cita que na época da construção sugeriu que os postes de sinalização poderiam ser de eucalipto tratado, o que daria uma garantia de dez anos. Não foi ouvido e agora o problema ocorre não só na ponte, mas também nos acessos, norte e sul.