Mentira virou ‘fake’, vá lá. Mas há tempos cachorro quente é hot-dog | A TARDE
Atarde > Colunistas > Levi Vasconcelos

Mentira virou ‘fake’, vá lá. Mas há tempos cachorro quente é hot-dog

Fake news apenas é o novo nome da velha mentira, tão velha que é da idade do próprio homem

Publicado domingo, 14 de agosto de 2022 às 05:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Nossos linguístas dizem que temos o hábito de tomar ‘emprestado’ de outras línguas palavras e até frases
Nossos linguístas dizem que temos o hábito de tomar ‘emprestado’ de outras línguas palavras e até frases -

Jéssica Silveira, moradora do Imbuí, se diz encucada com o fato das fake news ser uma coisa nova e pergunta: a aparição delas está associada ao surgimento das redes sociais via internet?

Nada disso, amiga. Fake news apenas é o novo nome da velha mentira, tão velha que é da idade do próprio homem (presumimos) nós. 

Enxurrada —Ademais, os nossos linguístas, os estudiosos da estruturação da língua, dizem que temos o hábito, no português, de tomar ‘emprestado’ de outras línguas palavras e até frases. Assim o é que fake é falsa e news notícia, juntando os dois daria algo como falsa notícias.

Mas minha cara Jéssica, se você olhar um pouquinho para nossas práticas línguísticas vai ver que isso não apenas é coisa antiga mas também em larga escala. Temos por exemplo o check-in (conferência de documentos, passagens e etc) ao check-up (revisão geral).

Cachorro quente —Tem também deletar (apagar) que vem do delete, delivery (entrega ou distribuição), drive thru (um carro prestando serviço), fast food (lugar que faz comida rápida), e-mail (correio eletrônico), fashion (moda e estilo), slogan (frase curta), spray (borrifar), out-door (placa ao ar livre) e também os nossos shoppings (locais de compras).

Viu amiga, que no rastro das fakes tem um show (espetáculo musical)?] Confesso que nos deixa saudades os tempos em que hot-dog era cachorro quente.

Correndo atrás da lagosta, cada dia mais, mais longe

Morador do Guaibim, em Valença, José do Amparo, 53 anos, a 35 escarafunchando o mar atrás de lagosta, o que lhe valeu o apelido de Zé Guincho, está nos dias atuais no mar da costa de Subaúma, em Entre Rios, litoral norte da Bahia, mas também passa parte do tempo em Alcobaça, ou Ilhéus, e vezes avança pela costa nordestina até o Ceará, como os cearenses também vem para cá.

 Segundo os biólogos existem mais de 17 mil espécies de lagostas, mas os nossos pescadores focam principalmente quatro, capivara, cabo verde, chan chan e sapateira, todas elas com um detalhe: cada dia mais, menos.

— Se você botar os locais tradicionais na mira vai ver que onde antes pegávamos uma tonelada hoje só se pega 10 quilos.

Mas mesmo assim vale a pena. O quilo dela inteira é R$ 130, só a cauda R$ 200. Mas Zé Guincho ressalva: ‘Ningué, fica rico com isso’.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Exceção da regra

Baiano de Jaguaquara, o jornalista Sebastião Nery, também ex-deputado na Bahia, quase vira padre. Quando jovem, foi seminarista em Amargosa bem por isso ao longo dos 16 livros que escreveu, sempre há história e estórias envolvendo padres.

E ele conta que lá um dia o padre Francisco Pita, ou Monsenhor Pita, da Paróquia de Santa Luzia, em Fortaleza, fazia um sermão sobre o aniversário do Papa:

— Meus irmãos, o Papa é a presença permanente de Cristo sobre a terra, comandando a sua Igreja. Os inimigos da Igreja, ao longo dos séculos, tentaram e ainda tentam levantar-se contra o Papa, e principalmente contra a sua infalibilidade. Inventaram até a existência de uma Papisa, a Papisa Joana. Posso jurar a vocês com tranquilidade que nunca houve uma mulher Papa...

Deu uma parada, olhou os lados, falou em tom confidencial:

— Bem, o que houve certa vez não foi bem uma mulher Papa. Foi um Papa que era meio lá, meio cá.

Passagem entre Salvador e Cuba pode ficar até 50% mais barata

Adolfo Curbelo, embaixador de Cuba no Brasil, disse ao jornalista Walter Xéu, do site Pátria Latina, que a Cubana Aviação vai retornar os voos entre o Brasil e Havana com saída de Salvador ou Recife.

Hoje quem quer ir a Cuba tem que passar por São Paulo e a passagem acaba custando em torn  o de R# 7 mil. Segundo Walter, que é habituado a ir lá, saindo daqui mesmo, o preço cai pela metade

Publicações relacionadas