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Na era do PT, Rui pegou o pior. Com Jerônimo ficou o melhor, ou o filé

Jerônimo Rodrigues fecha 2023 com o mesmo astral do início, os ventos soprando a favor

Publicado sábado, 30 de dezembro de 2023 às 07:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Rui viu o impeachment de Dilma, entrou Michel Temer, e depois se reelegeu encarando mais quatro anos com Bolsonaro
Rui viu o impeachment de Dilma, entrou Michel Temer, e depois se reelegeu encarando mais quatro anos com Bolsonaro -

Jerônimo Rodrigues fecha 2023 com o mesmo astral do início, os ventos soprando a favor. Enfrentou durante o primeiro ano dois perrengues, a crise na segurança Pública, que ele superou (ao menos na emergência) e a seca, que também está encarando, mas no mais vai tudo muito bem.

Jerônimo tem Lula e um canal top, com Rui Costa na Casa Civil. que fecha 2023 por cima, bem avaliado. No balanço de fim de ano o secretário Manoel Vitório (Fazenda) avaliou que as contas da Bahia passaram por ajustes e qualificação dos gastos e hoje, apenas a Bahia e mais quatro estados possuem a CAPAG-A (Capacidade de Pagamento). ‘Isso significa mais margem para realizar operações de crédito, fundamentais para os investimentos’.

O desafio do governador agora é transformar projetos em fatos e enfim estabelecer marcas próprias, já que por enquanto a missão maior tem sido garantir a continuidade da era Rui.

Três tempos — Agora o PT completa 17 anos que governa a Bahia, oito anos com Jaques Wagner, mais oito com Rui Costa e o primeiro de Jerônimo. Para o azar de ACM Neto, vai tudo fluindo bem.

Quando Wagner venceu surpreendentemente em 2006, derrotando o então governador Paulo Souto, chegou lá no embalo de Lula, depois pegou mais quatro anos com Dilma e convenceu.

Em 2014 ele guinchou Rui Costa, então pouco conhecido, para o governo. E os fatos demonstram que mais uma vez ele acertou. Logo após ter assumido, Rui viu o impeachment da presidente Dilma, entrou Michel Temer, que o tratou como inimigo e depois se reelegeu encarando mais quatro anos com Bolsonaro, pior ainda.

Ou seja, governou o tempo inteiro em oposição ao governo federal. E teve papel decisivo na eleição do também pouco conhecido Jerônimo.

Projetos — Essa situação facilita que a Bahia toque adiante grandes projetos estruturantes, como a implantação da Hidrovia do São Francisco, 1.371 km entre Pirapora, em Minas, e Juazeiro, além da recuperação da malha ferroviária baiana, uma velha reivindicação da indústria da mineração e também do agronegócio.

Outro dos grandes é o SVO, ou Sistema Viário do Oeste, que inclui a ponte Salvador-Itaparica, cujo o início de fato será já na próxima semana, o dia 6, com o início da dragagem e sondagens.

O SVO junto com a Fiol, vão ajudar a turbinar mais ainda a expansão dos parques das energias renováveis e a mineração. No conjunto, o mix significa o redesenho do mapa econômico da Bahia.

Se diz entre os governistas, que a pandemia de um lado e Bolsonaro de outro atrapalharam um pouco o andamento de tais projetos, mas agora nas circunstâncias atuais, ele estão andando sem atropelos.

Universidades—Bom ressalvar que até Lula chegar ao poder a Bahia tinha uma universidade federal, a UFBa, e dois Insitutos Federais de Educação. Hoje tem cinco universidades e 36 institutos, com o detalhe: Rui Costa já anunciou mais dois, em Campo Formoso e Jaguaquara. O astral para 2024, com Lula e Jerônimo, é dos bons.

FÉRIAS — Aos leitores, a partir de amanhã estamos de férias...

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