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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 09 de abril de 2023 às 5:00 h | Autor:

Na mineração a Bahia vai quase bem. Falta andar nos trilhos

Tramm: "Agora nós vamos ter que correr atrás dos trilhos"

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Jacobina com a Serra do Ouro: no topo da lista
Jacobina com a Serra do Ouro: no topo da lista -

Dizem que a mineração é a mais agressiva das atividades humanas. Em busca do alvo, sempre se lasca a terra e suas rochas. Mas também é essencial. Do jeito que a sociedade é social e tecnologicamente configurada, como diria o poeta, minerais são fundamentais.

Antes e agora, o mais cobiçado dos minerais é o ouro, tido e havido como símbolo de força e poder. Não por acaso, Jacobina, no extremo norte da Chapada Diamantina, a grande produtora de ouro da Bahia e a líder da produção mineral no Estado, faz na Sexta Santa a Caminhada da Luz, uma romaria rumo à Serra do Cruzeiro.

Se a Bahia é o 1º do Brasil em ouro (36%), também lidera em cobre (19%) e níquel (13%), sem falar em outras preciosidades como quartzo e diamantes. Mas Antônio Carlos Tramm, o presidente da Companhia Bahiana de Pesquisas Minerais (CBPM) que se despede, apesar da bem sucedida passagem pelo setor, diz que isso vai mudar.

Resíduos —Diz Tramm que a Bahia hoje é o 3º do país em produção mineral, atrás do Pará e de Minas Gerais, e que a Bahia em 2018 pesquisava, em análises de laboratório, 6 toneladas de terras por ano, em 2021 já foi 21 mil e ano passado 27 mil.

Nesse embalo, no norte do estado envolvendo os municípios de Campo Alegre de Lourdes, Remanso e Pilão Arcado, um nicho de 100 km com ferro, fosfato, níquel, vanádio, cobre e cobalto, uma fatia que vai reconfigurar o mapa da mineração baiana, hoje centrado em 11 municípios, entre eles Juazeiro, Brumado, Maracás, Itagibá e Jaguarari, além de Jacobina.

Tramm faz duas ressalvas. Uma, na busca de minimizar os efeitos da agressividade mineral, os encontros para a discussão sobre o que fazer com os resíduos se sucedem. Noutra, ponta, se o cenário que se vislumbra para o futuro é positivo, esbarra num grande entrave que a Bahia enfrenta, o abandono da malha ferroviária da Ferrovia Centro Atlântica, administrada pela VLI, mais de mil quilômetros, completamente abandonada.

— Alguns não gostam, mas é isso aí. O descaso com as ferrovias baianas nos dá um enorme prejuízo. Não dá para tirar minério daqui e exportar lá pelo Ceará.

Fiol —Todavia, Tramm alerta que a Fiol está vindo aí. Logo de cara, bota Caetité, com a exploração do ferro pela Bamin, no mapa. O Porto Sul, em Ilhéus, será o desaguadouro também do que virá ao longo dos 600 quilômetros entre Ilhéus e Caetité e os mais de 500 entre Caetité e o oeste baiano.

Seja como for, convém lembrar que tanto em Caetité com as ametistas como em Campo Formoso com as esmeraldas, os sucessores de Tramm vão ter muito mais o que fazer.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Eleitor fiel

Essa quem conta é a jornalista Cleidiana Ramos, honra e Glória de Iaçu, onde o pai, Pacífico Ramos, foi prefeito.

Farmacêutico do tempo em que o dono da farmácia atuava como médico, associado ao estilo Irmã Dulce, tipo que fazia o bem a Deus e o mundo sem distinção, Manoel Pinto Santana, o Nenzinho, virou lenda popular dos anos 50 do século passado até 1990, quando morreu.

Figura queridíssima, prefeito cassado pela ditadura em 1964, depois várias vezes vereador, via nos seus palanques apaixonadas declarações de amor dos seus cabos eleitorais.

Lá um dia, num palanque, iria falar Sêo Argemiro, fã incondicional. Destrinchou todas as virtudes de Nenzinho e para declarar as razões do seu apoio e voto, deu um exemplo doméstico:

— Quando minha mulher esteve doente, em cima da cama, Nenzinho dia e noite estava lá. E não saia de cima dela. Ela sentia uma dor, Nenzinho em cima, começava a chorar, Nenzinho em cima. O homem é Nenzinho, amigo!!

A praça foi ao delírio.

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