Na reforma, Jerônimo tem o desafio de conciliar o rueiro e o caseiro
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Jerônimo vai fechar 2024 visitando mais de 300 municípios em dois anos de governo, um recorde. Bota a cara na tela pelo interior afora levando obras, é abraçado, beijado, conversa, tira fotos, faz selfies. Isso lhe dar a fama de rueiro e causa resmungos entre aliados que preferem um governador mais caseiro.
Daí resulta que na era petista ele ainda está na sombra entre o senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa e precisa botar a marca dele, o DNA próprio. Que ele continue rueiro, mas dê mais atenção ao lado caseiro, a governança em si.
Dizem aliados nos bastidores que ele até tem o que dizer, mas está deixando prevalecer o discurso da oposição na área de segurança. Eis a questão: fazer o lado bom falar mais alto e é nisso que ele aposta com a reforma no secretariado.
Os 4 gordinhos –Esta semana o PT se reuniu com os deputados do partido na Assembleia quando o assunto entrou em pauta. Por aí, a grande novidade é Adolfo Loyola, antes na chefia de gabinete, agora na Secretaria de Relações Institucionais, o setor que dá o ordenamento político ao governo.
Ele integra o time dos Quatro Gordinhos, que tem também Éden Valadares, presidente estadual do PT, Lucas Reis, hoje na chefia de gabinete do senador Jaques Wagner, e Felipe Freitas, secretário de Justiça. São assim chamados porque são gordinhos. E também são a estampa da renovação do PT.
Dizem que um dos desafios está na comunicação. André Curvelo não encaixou com o rueiro. Vamos ver quem vem.
Colaborou: Marcos Vinicius
E a Alba fica sem energia
Deu pane na energia da Assembleia ontem. Faltou da meia noite até as 10h de ontem, quando voltou e Nelito, que fica na porta pedindo ‘contribuições’, soltou o grito ante os funcionários parados:
– Acabou a moleza rebanho de vagabundos!
Pouco antes das 15h um estrondo. E a energia mais uma vez foi embora. E Nelito mais uma vez a se queixar.
– A energia cai lá, o movimento cai cá.
Prefeitos fazem bate-papo com BNB em Santa Bárbara
Pedro Neto, superintendente do Banco do Nordeste na Bahia, participa hoje em Santa Bárbara com os prefeitos Edir Oliveira (PSD), o anfitrião, Júnior Piaggio (PSD), de Ipecaetá, José Luiz (PT), de Tanquinho, e Vítor do Povo (MDB), de Santanópolis, de uma confraternização amistosa, nada oficial.
Segundo Edir, não há uma agenda específica, mas os prefeitos vão ficar sabendo quais as linhas de crédito disponíveis e para que tipo de projeto, ‘é só cada um se encaixar’.
– Aqui em Santa Bárbara, por exemplo, a grande pedida do povo é que o Hospital Antonio Alves Mascarenhas, que é municipal, passe a fazer cirurgias eletivas. Vamos correr atrás.
Samuel Júnior bota força para liderar a bancada da oposição
O deputado Alan Sanches (UB), líder da oposição na Alba, não faz segredo: está apostando todas as suas fichas para em 2026 eleger-se deputado federal. E quem está de olho no espaço que ele hoje ocupa é o deputado Samuel Júnior (Republicanos).
Já se lançou, e no contraponto, o PSDB botou o nome do deputado Tiago Correia na parada. Samuel definiu uma estratégia: já que o UB com nove deputados é o maior entre os 19 deputados oposicionistas (o Republicanos tem três, o PL quatro, o PSDB dois e o PDT um) ele resolveu partir para o líder ACM Neto.
– Espero que até a próxima semana tudo se defina.
Ontem na Alba, o deputado federal Márcio Marinho, presidente estadual do Republicanos, disse que está com Samuel, mas ressalvou:
– Ninguém se elege sozinho. E ele está batendo na porta certa, é por aí.