Na ressaca da derrota, a banda da podridão surge forte e fedorenta
Nordeste não deu uma prova de burrice como eles dizem, muito pelo contrário, deu o grito de independência

Claro que fogo só pega em palha seca. E se a pregação do ódio aflora com tanto vigor, na campanha e mais ainda na ressaca da derrota de Bolsonaro, é claro que um monte de gente pensa assim e achou campo fértil ou um palheiro pródigo.
E eis que ontem entrou em cena mais um personagem, Vitório Medioli (PSD), prefeito de Betim, em Minas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, dizendo que os estados em que Bolsonaro ganhou representam 80% do PIB e 74% da produção ‘e agora apenas uma região está em festa, as outras mais contrariadas do que felizes’.
Disse para justificar a sua sugestão, de separar o Nordeste do resto do Brasil, fazendo coro com raivosos enraivados de outros pontos do país.
Resposta —No caso de Medioli há um ingrediente a mais. Ele é italiano, naturalizado brasileiro, mais uma prova de que o pensamento que pretende se impor pela força da grana é universal, tem em Minas, São Paulo, na Itália, nos EUA e por aí.
E já que assim o é, convenhamos, ao votar contra esse tipo de pensamento massivamente o Nordeste não deu uma prova de burrice como eles dizem, muito pelo contrário, deu o grito de independência.
A Bahia, por exemplo, até Lula só tinha a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tem mais cinco, a do Oeste, a do Vale do São Francisco, a do Sul da Bahia, a do Recôncavo e a da Lusofonia, em São Francisco do Conde. Institutos federais de educação tínhamos dois, temos 36.
Foi exatamente aí que Bolsonaro cortou dinheiro. E o Nordeste deu a resposta que Medioli vai ter que engolir.
Um quase milagre: vaga no TCM vai fazer seis meses fora de pauta
A campanha eleitoral deste ano produziu um fato raríssimo, se não único: vai fazer seis meses que o conselheiro Raimundo Moreira se aposentou do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e a Assembleia, a quem cabe indicar o próximo agraciado, ainda não fez nada.
Antes se aguardava a definição da eleição estadual e o segundo turno postergou mais ainda a definição.
Se vencesse ACM Neto, iria para o deputado Tom Araújo (UB), que não disputou a reeleição. Mas já que deu Jerônimo, prevalece a banda governista. O deputado Fabrício Falcão (PCdoB) admite que quer, Adolfo Menezes (PSD), outro citado, prefere continuar presidente da Casa. Ontem, ele disse que o assunto nunca foi tratado a sério.
— Não tem nada, nada definido, só o tititi. Nem agenda foi estabelecida.
Rui Costa, o multiministro
Que Rui Costa vai ser ministro desde que Lula ganhou, todo mundo sabe; qual é o Ministério nem o próprio sabe, mas nas redes sociais ele já foi nomeado em pelo menos quatro: Infraestrutura, Fazenda, Casa Civil e Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Outro sempre citado é Jaques Wagner, mas nas redes tem baixa cotação ou pelo menos não aparece nem na especulação, embora entre petistas tenha alto coturno.
O sepultamento da baleia saiu, só na terceira tentativa
A baleia que apareceu morta na praia do Guaibim, em Valença, segundo o Ibama, com 13 metros e 30 toneladas, chegou a despertar indagações sobre o que fazer com ela, mas no fim teve um destino decente. Foi sepultada juntinho da praia onde apareceu.
Aliás, como não há expertise em sepultar baleias, ela só foi na terceira tentativa. Na primeira, sexta, 15 homens com pás não deram conta, na segunda veio uma retroescavadeira e também não deu, duas retros e nada e finalmente domingo, com três, foi enterrada. Mas a história não acaba aí, segundo Marcelo Borges, secretário de Meio Ambiente:
— Dentro de dois anos vamos retirar a carcaça e fazer um memorial para ela aqui.