No primeiro debate, esquerda e direita demarcam seus territórios
No primeiro debate entre os presidenciáveis 2018, na Band, ficou mais ou menos entendido, pelas posições assumidas, o tom da reza que teremos na campanha eleitoral: Alckmin e Ciro Gomes disputando os votos da centro-direita e centro-esquerda, respectivamente, Jair Bolsonaro na extrema-direita, Guilherme Boulos na extrema-esquerda, Marina procurando uma linha e Cabo Daciolo prometendo arranjar as soluções para o País ‘em nome de Jesus’.
Cardápio — Em miúdos, Alckmin e Ciro querendo capitanear as preferências da maioria para viabilizar o segundo turno. Óbvio que em cena faltou Lula, ou o abençoado dele. E Marina ainda corre atrás de retomar a terceira via, posição que ela ostentou em 2014.
Com Jair Bolsonaro, que sem Lula lidera as pesquisas, duas coisas são claras: ele não esconde suas intenções, como quando disse, ao falar sobre a geração de empregos: ‘Sei que vou perder votos. Mas partilho a tese do menos direitos, mais empregos’. Ou seja, suprimir direitos dos trabalhadores a pretexto de gerar mais empregos. E também que ele achou um contestador à esquerda, Guilherme Boulos.
Fica de tempero o cabo Daciolo, dizendo que todo mundo é velho e ele é o novo que veio salvar a pátria.
Falta ver como é que Lula e o PT vão se inserir, mas já está claro que, se não há pratos para todos os gostos, o cardápio que teremos é esse, cada qual com sua fatia.
Rui dá alerta na previdência
No encontro com empresários da Fieb, Faeb e Fecomércio-BA, que teve esta semana, ao lado de Zé Ronaldo, num detalhe Rui Costa impressionou a plateia.
Rui disse que o déficit da previdência estadual é de R$ 3 bilhões, impagável em três anos. E atacou o corporativismo na Bahia e no Brasil. Os empresários acharam que isso dito por um petista é um avanço. Já Zé Ronaldo apontou o déficit fiscal baiano.
Eleição em Ipiaú dá rebu
A pretensão da Câmara de Ipiaú de realizar a eleição acabou em escândalo.
O presidente José Carlos Bispo dos Santos, o Carlinhos (PP), era (ou é) candidato à reeleição. No meio da sessão o cidadão de nome Herbert Campos levantou e disse que os vereadores San de Paulista (DEM) e Lucas de Vavá (PSD) se venderam por R$ 40 mil cada.
O rebu se instalou, deu polícia e a eleição não aconteceu. É o prato da vez lá.
Waldir Barbosa briga pela Alba
O delegado Waldir Barbosa, que se tornou bastante conhecido no episódio dos grampos de ACM, vai tentar uma vaga na Assembleia este ano, pelo PPS.
Em 2016, Waldir já tentou eleger-se vereador em Vitória da Conquista, sem sucesso. Teve 483 votos concorrendo com 386 candidatos. Agora, ele vislumbra uma chance maior. A concorrência é menor e conquistou apoios, em Conquista e fora, que não tinha.
Turismo em Salvador vai reagindo bem, diz Glicério
Glicério Lemos, presidente da secção baiana da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), diz que as taxas de ocupação da rede hoteleira da capital baiana indicam que há uma boa recuperação de mercado, em baixa nos dois penúltimos anos.
Ele atribui a reação positiva a vários fatores, como a realização do Road Show, pela ABIH-BA e Secretaria Municipal de Turismo, ideia para vender a boa imagem de Salvador pelo Brasil e até fora, como em Santiago, no Chile, e também a requalificação que a cidade como um todo vem recebendo:
– A requalificação de Salvador inclui o metrô, os nossos museus e também o aeroporto, que está sendo melhor avaliado.
POLÍTICA
COM VATAPÁ
Solução bíblica
Conta Sebastião Nery que na campanha eleitoral de 1978 em Poços de Caldas, Minas, os vereadores Jeremias do Amaral e Chiquito da Luz, dono da Fiat, rivalizavam.
Jeremias propôs que o prefeito Sebastião Chagas colocasse uma Bíblia na praça principal. O prefeito topou. E anunciou:
– A inscrição da Bíblia em cimento vai ser a primeira expressão da vontade de Deus: Fiat lux (faça-se luz).
Jeremias estrilou:
– Isso é golpe! O Basquá (apelido do prefeito) com essa história de Fiat lux está querendo homenagear é o Chiquito com a agência da Fiat dele. E o lux é do Chiquito Luz!
Jeremias foi ao prefeito e soltou a verborreia. Disse ter sido o autor da ideia e não estava a fim de fazer cama para o inimigo se deitar.
Esperto, o prefeito resolveu o caso mandando botar lá o versículo 33:3 do livro de Jeremias:
“Clame a mim e eu responderei e direi a você coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece”.