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No UB, o que era caso de política virou de polícia. É dinheiro no jogo

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Publicado quinta-feira, 14 de março de 2024 às 00:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
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Ubiratan Reis, professor, morador de Itacaranha, subúrbio de Salvador, pergunta: por que a briga no União Brasil de ACM Neto entre o ex-presidente, o deputado federal Luciano Bivar (PE), e o advogado e ex-amigo Antônio Rueda?

Por quê? Ora, meu preclaro, por dinheiro. Partido político no Brasil significa grana, medida por deputado. O bolo para as eleições deste ano é de

R$ 4,9 bilhões. E o que define o quinhão de cada um é o número de deputados federais.

Assim, o PL de Bolsonaro, com 99 deputados, leva R$ 863 milhões, o PT, segundo maior, com 68, abocanha R$ 604 milhões e o UB, o terceiro com 59, R$ 517 milhões. No caso em apreço, Bivar era quem controlava isso. Perdeu a eleição para a presidência em 29 de fevereiro e também a boca.

Pulo —Convenhamos, até 2018, quando a lei mudou, ter partido era um negoção. Bastava estar legal, em cartório, e já levava R$ 1 milhão. E aí até parecia que eles tinham dono. Assim era o pequeno PSL, de Bivar.

Em 2014 era um partideco, com apenas um deputado, o próprio Bivar. Em 2018 Bolsonaro se elegeu presidente pela legenda e a coisa mudou. O PSL pulou de 1 para 54 federais. O DEM de ACM Neto, que tinha 22, elegeu 29 em 2018 e em 2021 os dois resolveram se fundir, criando o União Brasil.

Bivar, o presidente, e Neto, o secretário, romperam. Na disputa, ganhou Rueda, ex-aliado de Bivar, tendo Neto como vice. Aí as casas de Rueda e da irmã, Maria Emília Rueda, tesoureira do partido, foram incendiadas. Agora é com a polícia. Rueda diz que o incêndio foi criminoso, Bivar está calado.

Passagem de Jerônimo na Alba foi discreta. Só bateu o ponto

A passagem de Jerônimo Rodrigues ontem pela Assembleia, para entregar o projeto do Programa Bahia pela Paz, inicialmente seria um encontro no gabinete do presidente da casa, o deputado Adolfo Menezes (PSD). Depois decidiu-se que ele iria ao plenário e foi, mas nada falou.

Embora o plenário estivesse lotado, tudo limitou-se a um discurso do secretário de Justiça do Estado, Felipe Freitas, não mais que 15 minutos, destacando as intenções inovadoras do projeto. E só.

Mas lá estava também a presidente do TJ-Ba, a desembargadora Cynthia Resende. Explica-se. A pretensão é instituir ações transversais envolvendo todos os poderes.

Em conversa com jornalistas, Jerônimo disse que segurança não é só polícia. E também disse que gostou do desempenho de Geraldo Jr (23%) na pesquisa AtlasIntel/A TARDE, anteontem divulgada.

Caso Via Bahia em Brasília

O deputado federal Leur Lomanto (UB) protocolou ontem na Câmara o pedido de uma CPI para investigar a Via Bahia, concessionária das BRs 116 e 324, alvo de um bombardeio de críticas de deputados estaduais, na Assembleia, de todos os lados.

Na justificativa, ele diz que desde 2009, quando a Via Bahia assumiu as rodovias, tem sido alvo de críticas e já em 2021, ou 12 anos depois, já contabilizava 295 processos.

Maracangalha, 17 anos do avião que trouxe o inferno

Faz 17 anos hoje que um avião com R$ 5,6 milhões caiu em Maracangalha, o povoado de São Sebastião que Dorival Caymmi tornou famoso, e criou um inferno, com gente de todo canto invadindo casas, lascando colchões e arrebentando fogões e geladeiras em busca de dinheiro, instalando o terror.

Na história lá três episódios são marcantes, a Usina Cinco Rios, que dava moradia gratuita com água e luz de graça, a música de Dorival, que botou a poesia, e o avião. Já houve muitas promessas de fazer de lá um point turístico, mas o jornalista Negão Garcez, do Jornal do Povo Online, que sempre vai lá, diz que só restou a história, boa ou ruim.

— Prometeram fazer lá um point turístico, mas tudo na mesma, um povoado dormitório.

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