O duelo no PT entre Tássio e Jonas é jogo duro, com o dedo de Wagner
Confira a coluna de Levi Vasconcelos deste domingo

O PT, partido de Lula, o presidente do Brasil, e de Jerônimo Rodrigues, o governador da Bahia, está em ebulição interna. Dia 6 de julho vai as urnas escolher os próximos diretórios e, na Bahia, após uma enxurrada de sete nomes lançados, a peleja se afulinou entre Tássio Brito e a dupla Jonas Paulo-Elen Coutinho.
A eleição é direta e na Bahia há mais de 130 mil filiados, dos quais em torno de 40 mil devem votar. Tássio é o abençoado do senador Jaques Wagner, Jonas fez acordo com a ala de Elen Coutinho, se ganhar cada um governa dois anos. Rui Costa e Jerônimo estão equidistantes. Aí, pergunta-se ao deputado Ro binson Almeida: quem leva?
– Dos sete deputados federais, só Josias Gomes apoia Jonas, seis estão com Tássio. Dos nove estaduais, só dois, Marcelino Galo e Fátima Nunes com Jonas. Aí já dá para ver, está desigual.
Nova aposta – Então, vai a pergunta para Marcelino Galo: dá para Jonas Paulo ganhar?
– Dá para dizer que estamos trabalhando para isso.
Pergunta a Rosemberg Pinto, o líder do governo na Alba, que apoia Tássio. E quem ganha na sua opinião?
– Tenho um carinho muito grande por Jonas Paulo, mas Tássio construiu, agregou mais dentro do partido.
No tiroteio, dizem que Eden Valadares, o atual presidente que não quis a reeleição, foi uma invenção de Wagner que deu errado. A queixa contra ele: deu pouca assistência ao interior. Ou seja, a renovação não renovou. E, agora, Tássio é a nova aposta no mesmo tom. Os contra acham que é mais do mesmo.
União MDB e Republicanos é só intenção, segundo Lúcio
E a quantas anda a federação entre MDB e Republicanos? A pergunta aí é para Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do MDB.
– Por enquanto, nada mais há do que intenção. Ainda não se conversou nada. Qual o critério para ver quem manda? Não se discutiu, se é deputado federal ou outro. O que sei é que temos várias pendengas pelo Brasil afora e aqui na Bahia não queremos, e eu não tenho como ficar contra Jerônimo.
Eis a questão: na Bahia o MDB, com um deputado federal e dois estaduais, é governo lá e cá. O Republicanos, com três federais e três estaduais, é oposição lá e cá. Alinhar isso é complicado. E ver quem vai mandar, ainda mais.
Valença terá novo Sebrae
Humberto Miranda, é o presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Serviço de Apoio às Micros, Pequenas e Médias Empresas (Sebrae) – só falta definir a data, ainda em julho, para inaugurar nova agência do Sebrae em Valença. Nesta cidade do baixo sul, Antonio Lacerda, o construtor do Elevador Lacerda, fez em 1849 a primeira indústria têxtil da América Latina, a Companhia Valença Industrial (CVI), ainda hoje ativa.
Zé Cocá admite que está mais para apoiar Jerônimo em 2026
Presente esta semana em Salvador para receber do Ministério Público o Selo da Transparência do Ministério Público, Zé Cocá (PP), prefeito de Jequié, admitiu que está tudo caminhando para em 2026 ele apoiar Jerônimo.
– Jerônimo está apoiando muito os pleitos de Jequié, fizemos as pedidas e ele está atendendo. Não dá para ficar contra.
Cocá lembra que em 2022 apoiou ACM Neto e Jerônimo ganhou lá em Jequié no primeiro e segundo turnos.
– Ele é filho de Aiquara, aqui na região, morou em Jequié e olha para Jequié.
Ou seja, Jerônimo tem os seus links com Jequié que prevaleceram nas urnas. E, ano passado, Cocá foi reeleito com quase 92% dos votos.
Na opinião do deputado Hassan (PP), amigo e aliado de Cocá, o recado é claro.
– O povo de Jequié quer Jerônimo e Cocá.
POLÍTICA COM VATAPÁ
O velório de Elton
Walter Xéu, santamarense que virou feirense e agora também cubano, diz que Feira de Santana, a Princesa do Sertão, jamais sairá dos nossos corações e evoca lembranças de atores do nosso tempo para rir.
Um deles é Elton Xisto, colunista social famoso que sacudia a elite feirense nos bons tempos do impresso.
E eis que, lá um dia, um amigo o encontra e solta:
– Elton, eu sonhei que você tinha morrido.
– Isso é sonho ou pesadelo amigo?!
– Sonho. Mas no seu velório, a alta sociedade de Feira em peso estava lá.
Vaidoso, Elton mudou o tom. E perguntou:
– E fulano?
– Tava.
– E Beltrano?
– E Fernando Torres?
– Fernando Torres eu não vi. Não tava não.
– Fernando Torres não tava? Aquilo é um ingrato, a vida toda eu puxei o saco dele, da família. E ele fica ausente até do velório de um sonho?! Não perdoo!
Elton ainda está entre nós, mas esquecido num canto, inclusive por Fernando Torres.