O terrorismo explosivo está de volta. E o jogo político apodrece
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Extremista, de direita, de esquerda, religioso, esportivo e afins, não por acaso rima com terrorista. E ontem, ao referir-se ao homem que explodiu bombas e se explodiu, Andrei Rodrigues, diretor geral da PF, foi incisivo: o episódio não é um caso isolado, grupos extremistas estão ativos.
Claro que sim. O PL de Bolsonaro cuidou de soltar nota repudiando o ato, na Bahia o presidente estadual João Roma reverberou. Sinal claro de que quer se descolar do episódio.
Claro que ninguém vai achar que Bolsonaro em si está por trás do caso, mas o que dizer da multidão que invadiu o Congresso, o STF e o Palácio da Alvorada no 8 de janeiro do ano passado? E dos bolsonaristas que agora pedem anistia para os processados?
andando de ré –Com certeza absoluta as explosões em frente ao STF são mais um fruto maldito da polarização entre direita e esquerda que se configurou no país nos últimos tempos, em que o terrorismo se expressa também nas explosões verborrágicas nas redes sociais, em que perdeu-se a noção entre criticar e xingar, atacar e agredir.
Uma pena. É um sinal de que o jogo político está apodrecendo. E que extremistas posam de salvadores da pátria para impor como diretriz a submissão pelo medo que eles provocam.
O caso em Brasília aconteceu justamente a seis dias da reunião dos presidentes dos 20 países mais ricos do mundo. Deu repercussão mundial.
Colaborou: Marcos Vinicius
Elétrico forte na Inglaterra
Após dar um giro pela Inglaterra, o jornalista Vítor Pinto, da Band, diz ter voltado de lá impressionado com várias coisas, a começar pela estrutura viária, mas uma em particular lhe chamou a atenção.
– Lá, a grande maioria dos carros já é elétrico. Como a recarga é de pouco mais de meia hora, as pessoas se habituam a gastar esse tempo em almoços, cortar cabelo e afins.
A BYD cá é o futuro.
Com Elmar e Antonio Brito fora de cena, Lula nada tem a festejar
Elmar Nascimento (UB) e Antonio Brito (PSD), os baianos que se colocaram como pré-candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, e agora jogaram a toalha, saíram de cena, mas o governo nada tem a festejar, já que Hugo Motta (Republicanos-PB) nunca foi aliado de Lula e cia.
Aliás, Elmar, que de saída tinha as simpatias de Arthur Lira (PP-PB), recebeu a rasteira do amigo justamente pelas pressões que sofreu dos baianos do PT ou a ele ligados, já que na Bahia é oposição, mas com Brito é diferente.
Embora Gilberto Kassab, o presidente nacional do PSD do senador Otto Alencar, seja secretário do governador Tarcísio Freitas, em São Paulo, o deputado Otto Alencar Filho (PSD), por exemplo, disse que ‘o governo de Lula preferiu privilegiar os inimigos’.
Hugo ficou praticamente só. E com isso Lira ganha força.
Capanema, o paraíso que virou inferno volta ao normal
Capanema, bucólico povoado de Maragogipe rodeado de manguezais, onde moram cerca de 2.500 pessoas, 90% vivendo da pesca, passou meses de inferno a partir de dezembro do ano passado quando integrantes das facções Catiara e BDM invadiram a área e botaram quase toda a população para correr, como explica um deles.
– Foi um terror. Um grupo, uns três, invadiu minha casa e me obrigou a servir comida. Saiu, veio o outro grupo e nos ameaçou de morte se voltássemos a dar comida aos primeiros. Tive que dar no pé com minha família.
Há cerca de cinco meses o paraíso voltou a sua plenitude. E D.J.M., 70 anos, agradece.
– Aqui não temos dinheiro, mas temos paz.