Os petistas de cá esperam Lula lá para ver como o Nordeste vai ficar
É exatamente agora, com a volta de Lula do Egito, que o jogo começa a ser jogado de fato
Rui Costa assumir a presidência da Petrobras, como especulam? Esqueça. Ele não pode, nem que queira, já que terá de cumprir a quarentena de ficar pelo menos seis meses impedido de dirigir estatais ou empresas públicas. Então, ele vai ser mesmo é ministro.
Ou melhor, é líquido e certo que o Nordeste terá um tratamento à altura da votação que deu a Lula e entre os nordestinos cacifados estão os baianos Rui Costa e Jaques Wagner, o maranhense Flávio Dino (PSB), ex-governador e senador eleito, Camilo Santana (PT), ex-governador do Ceará e também senador eleito, Wellington Dias (PT), ex-governador do Piauí e também senador eleito.
São exatamente essas definições de Lula, mais os nomes do segundo e terceiro escalões, que Jerônimo diz estar aguardando para anunciar o secretariado baiano, o que, segundo ele, sai até 15 de dezembro.
Em campo —É exatamente agora, com a volta de Lula do Egito, que o jogo começa a ser jogado de fato.
Aliás, ele já chegou dizendo que tem dois problemas de curto prazo. O primeiro é nomear os ministros e o segundo é consolar os que acham que vão ser ministros, mas vão mesmo é sobrar.
O certo é que agora é que as antenas baianas estão conectadas com os movimentos em Brasília. Os petistas cá dizem que a Comissão da Transição já não está bem como previsto.
A pretensão de Lula era a escolha de figuras com perfis técnicos capazes de estabelecer os diagnósticos de suas áreas. Não é bem isso que acontece. O lado político ficou forte. Ossos do ofício.
Senadores aliados de Bolsonaro querem emplacar baiana na ANM
Um ofício subscrito pelos senadores Carlos Heinze (PP-RS), Vanderlan Cardoso (PSD-MG), Jayme Campos (UB-MT) e Zequinha Marinho (PL-PA), todos bolsonaristas, pede ao presidente Jair Bolsonaro que faça uma revisão nas indicações para a Agência Nacional de Mineração (ANM), colocando na direção Carla Ferreira Vieira Martins.
A notícia bateu bem entre os baianos ligados ao setor. A grande vantagem, segundo eles, é que Carla é uma técnica competente, tem 12 anos na instituição e já desempenhou várias funções. Além disso é baiana, profunda conhecedora da situação do Estado no assunto.
No caso em apreço, os mandatos agora definidos, indicados pelo presidente e aprovados pelo Senado, duram dois anos. A questão: a Bahia está em vias de dar um salto no setor, com investimentos de R$ 70 bilhões.
Geraldinho e Olívia no topo
E já que no Brasil termina uma eleição e começa outra, os nomes governistas para enfrentar Bruno Reis (UB) em 2024 na disputa pela Prefeitura de Salvador já começaram a pulular.
Um deles é Geraldo Júnior (MDB), vice-governador eleito, o outro é a deputada Olívia Santana (PCdoB), que já disputou em 2020, não foi bem, mas saiu das urnas deste ano mais cacifada. Mas tem outros nomes ‘no forno’.
Euclides Fernandes ainda paga o coice, mas vai bem
Vítima de um coice de cavalo, no início de agosto, quando participava de uma cavalgada em Nova Canaã, o deputado Euclides Fernandes (PT), 75 anos, ainda circula numa cadeira de rodas, como ontem, na Assembleia:
— Tive que botar titânio na perna inteira.
Embora tenha sido travado pelo acidente durante a campanha, Euclides, que em março deixou o PDT para filiar-se ao PT, diz que em termos eleitorais se saiu até melhor.
— Política é o abraço, o aperto de mão, eu não pude fazer isso. Mesmo assim tive 55.280 votos, três mil a mais. E em Jequié tive cinco mil votos a mais, 10 mil em 2018, 15 mil agora.
Jequié é a principal base eleitoral dele.