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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 05 de novembro de 2022 às 5:00 h | Autor:

Outubro de 2022 bem podia ser o mês que a baderna mudou de lado

Xenofobia com nordestinos é coisa velha, mas vitória de Lula pintou algo novo na cena política

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D. Angela Machado, diretora de responsabilidade social do Flamengo, disse que ganhamos onde se produz, perdemos onde passamos férias
D. Angela Machado, diretora de responsabilidade social do Flamengo, disse que ganhamos onde se produz, perdemos onde passamos férias -

Dita a ciência política que o rumo da boa governança é a prática de atos e fatos que vislumbrem a construção de uma sociedade em que todos vivam em paz e harmonia. Por aí, a pregação do ódio com o tempero do racismo e da xenofobia é a contramão.

Entendeu, Maria? A colocação acima é de Maria de Lourdes Santos, do Costa Azul, que nos pergunta o que entendemos dos ataques dos sulistas porque o Nordeste votou com Lula e as reações fedorentas que daí emergiram.

Ver uma cidadã com D. Angela Machado, diretora de responsabilidade social dizer que ganhamos onde se produz, perdemos onde passamos férias (referindo-se a vitória de Lulá cá) nos induz a uma convicção: se isso aí é um pensamento que infelizmente é prevalecente no sul, os nordestinos estão certíssimos em votar contra. Então, o que chamam atraso, é progresso.

Baderna —A xenofobia dos sulistas com os nordestinos é coisa velha, mas na ressaca da vitória de Lula pintou algo de absolutamente novo na cena política brasileira: as manifestações como a dos camioneiros contra a eleição é algo parecido com as da esquerda contra o regime militar na época da ditadura, que a direita chamava de baderna. Moral da história: a baderna mudou de lado, antes da esquerda, agora da direita.

Seja lá qual for a motivação, já se dizia que extremista de esquerda ou de direita rima com terrorista não por acaso. O sangue que jorra das vítimas é sempre o mesmo, misturado com dor. E agora o velho podre volta

O conselheiro da segurança

Dizem em Feira de Santana que Jerônimo Rodrigues, o governador eleito da Bahia, tem um grande conselheiro na área de segurança, um dos pontos fracos do governo de Rui Costa. É João Veloso, delegado aposentado, criminalista respeitado.

Simplesmente o cidadão em apreço é o sogro do governador. Os que o conhecem dizem que se Jerônimo ouvi-lo. com certeza amplia muito as chances de acerto.

O casamento do campo com a cidade é a bola da vez no agro

Diz Humberto Miranda, presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), que a E-Agro, exposição itinerante em sua 5ª edição, a primeira delas em Salvador, tem um objetivo bastante claro, integrar campo e cidade.

— Nos dias de hoje conta muito a questão da sustentabilidade. O mundo está cada vez mais exigente em ver a produção em boa sintonia com a preservação ambiental, por exemplo.

Na E-Agro do Centro de Convenções, por exemplo, a fabricação do artesanato de piaçava, uma planta nativa, ganhou força, segundo Humberto, já que o propósito também é mostrar tudo de todos, grandes e pequenos. E Maria Aparecida, do povoado de Jetemane, em Nilo Peçanha, artesã, se diz satisfeita:

—É muito bom. Já exportamos para os EUA e a Bélgica, mas o setor só cresce.

A ‘Aldeia do Mundo’, ou Arembepe, surfa na Flipelô

Camaçari é sempre lembrada pelo Polo Petroquímico, uma injustiça se olharmos os 42 km de belíssimas praias, entre elas Arembepe, às margens do Rio Capivara, a aldeia hippie que nos anos de 1970 foi palco de celebridades internacionais como Janis Jopplin e Michk Jagger.

Essa história muito bem contada, com fartas ilustrações, está no livro “Arembepe, Aldeia do Mundo”, que Claudia Giudice, Luiz Afonso e Sérgio Siqueira lançam hoje na Flipelô.

Mas a Arembepe de hoje é meio largada. Lúcia Bichara, subsecretária de Turismo de Camaçari, diz que há um projeto contemplando toda a orla de Camaçari:

— Arembepe é o nosso tesouro turístico.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Sem acordo

Essa é de Sebastião Nery. Anos 80. Uma comitiva de deputados do MDB foi a Secretaria de Segurança Pública pedir autorização ao secretário Durval Mattos para fazer passeata em apoio a greve no ABC paulista.

Pedido negado, Élquisson Soares, deputado estadual, recorreu ao governador ACM:

— Governador, será uma manifestação pacífica. Só uma caminhada do Campo Grande até a Praça da Sé.

— Passeata, não. Só na sede do PMDB. Na rua, não.

— Mas governador, estamos aqui deputados do PMDB, do PTB, do PP. Os professores Josaphat Marinho e Rômulo Almeida...

—Então respondam o que acham da invasão russa no Afeganistão.

— Somos contra, governador. Mas também somos contra a invasão da Bahia pela Dow Química.

— O que?!

— É isso aí, governador. Contra a Rússia invadir o Afeganistão e a Dow Química invadir a Bahia.

— Me respeite, atrevido!

— Atrevido é você!

— É a sua!

— É a sua!

A passeata saiu. E foi dissolvida no pau.

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