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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 01 de maio de 2024 às 0:00 h | Autor:

Racismo não é mimimi mesmo. Até Portugal já está pedindo perdão

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

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Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo
Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo -

Semana passada, no embalo das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, reunido com jornalistas, pediu desculpas pela escravidão dos negros, e disse que ia estudar formas de contribuir para a reparação.

Pergunta ao professor do IFBA Bira dos Santos, historiador e mestre em causas raciais: dá para aceitar?

— Noutro mandato, o presidente Lula já pediu desculpas pelo Brasil. O estado português deve estar reconhecendo a sua culpabilidade na escravidão em todo o continente americano. Veio tardiamente, mas nunca é tarde para reparar. Mas o mais importante é se a efetuação vai ser aceita. Eles devem sair do discurso para a prática, não só Portugal, mas também os demais estados envolvidos.

Na Alba — Claro que a reparação ainda é uma longa estrada e como entende que esse é um debate que está sempre em pauta, Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia, promoveu ontem a roda de conversa Racismo não é mimimi, que reuniu, além da secretária da Igualdade Racial, Angela Guimarães, a professora Mabel Freitas e o vereador Sílvio Humberto (PSB), presidente de honra do Instituto Steve Biko.

O dia foi festivo. Alunos do Colégio Duque de Caxias, em Cajazeiras levaram sua fanfarra para entoar a música Protesto Olodum. E Adolfo disse estar na briga por uma sociedade igualitária. Ao comentar a baixa presença de negros em tribunais e na própria Assembleia, falou:

— Infelizmente a grande maioria da população negra não tem condições financeiras favoráveis para atingir tais posições. Essa é a luta, dar oportunidades iguais.

Angela Guimarães diz que é preciso políticas públicas que atinjam a base da pirâmide.

— Quem é atravessado pelo racismo e o machismo, sabe que matamos vários leões por dia. Não tem um dia que ele não se apresente.

Colaborou: Marcos Vinicius

Segundo Hassan, a política não interfere nas relações familiares

Com o irmão, Alessandro Hassan (PSD), indicado candidato a prefeito de Jequié pelo grupo do deputado federal Antonio Brito (PSD), o deputado estadual Hassan (PP) fica com o adversário, o prefeito Zé Cocá (PP) e diz encarar a questão com absoluta tranquilidade.

— Minha convivência com Zé (Cocá) é muito positiva e todos sabem a minha posição. E nada muda com a família. As questões políticas não interferem nas relações familiares.

Hassan era o vice-prefeito de Sérgio da Gameleira (PSB), antecessor de Cocá, com quem rompeu por conta da desastrada administração e por tabela, também se afastou de Brito, o cunhado.

Nas eleições deste ano Cocá, que rompeu com Rui Costa para ficar com ACM Neto ano passado, desponta como favorito e Hassan diz que o sentimento é geral:

— Zé é um bom prefeito.

Zambiapunga entra em cena

Nilo Peçanha, no Baixo Sul, festejou ontem 151 anos de emancipação política, mas para além do lado cívico e religioso o que falou forte foi a banda cultural, com a zambiapunga, uma manifestação de origem afro única.

Lá, é a terra dos quilombos litorâneos Jatimane e Boitaraca, ambos reconhecidos pelo Iphan. Diz a prefeita Jaqueline Soares (Pode) que a cultura afro é o patrimônio maior lá.

E Daniel Alves vai parar no almoxarifado da prefeitura

Retirada da rua pela Prefeitura de Juazeiro, a estátua de Daniel Alves está recolhida ao almoxarifado, sem que se saiba qual será o fim. Ela foi inaugurada em dezembro de 2020 pelo então prefeito Paulo Bonfim.

Leo Santana, o escultor, diz que fez o trabalho dele e ponto. Ele é o mesmo escultor da estátua de João Gilberto, inaugurada nove anos atrás com o artista ainda vivo, com a ressalva do amigo Maurício Dias, o Mauriçola: ‘A diferença é que João Gilberto nunca fez mal a ninguém’.

E Ivete Sangalo, que já está com uma estátua no prelo, como é que fica? Fala Mauriçola:

— Simples. A iniciativa privada paga. E não vai faltar quem queira pagar.

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