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Segundo Wagner, sempre foi assim, o PT começa atrás e acaba na frente

Wagner diz que quando era governador chegou a mandar suspender a realização de pesquisas

Publicado terça-feira, 09 de agosto de 2022 às 05:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Wagner: ‘Ele (Neto) fala no novo, mas é ancorado no velho’
Wagner: ‘Ele (Neto) fala no novo, mas é ancorado no velho’ -

Acompanhando Jerônimo Rodrigues no debate da Band, o senador Jaques Wagner, que até o início de março era tido como  candidato a governador do PT, disse estar absolutamente tranquilo de que em outubro a história vai se repetir tal e qual com ele em 2006 e Rui Costa em 2014, que começaram atrás sem ninguém acreditar e chegaram na frente.

— Sempre foi assim, a questão federal influencia decisivamente na estadual.

Mas ACM Neto não desponta como o novo no cenário de agora?

—  Novo? Ele projeta-se na sombra do avô, a vice dele na sombra do tio (Ana Coelho, a vice, é sobrinha do ex-governador Nilo Coelho) e o candidato a senador, Cacá Leão, vai na sombra do pai (João Leão). Cadê o novo?

Pesquisas—E como ficam as pesquisas que  apontam a liderança disparada de ACM Neto?

Wagner diz que quando era governador chegou a mandar suspender a realização de pesquisas:

— Eu disse a Sidônio (Palmeira, o marqueteiro, hoje fazendo a campanha de Lula). E olhe que quem fazia as pesquisas era o Vox Populi, não era um qualquer.

Diz Wagner que em 2006 até as pesquisas de boca de urna diziam que ele ia perder, na hora do voto, ganhou. Em 2014 Rui Costa também saiu bem atrás e faturou no primeiro turno.

— Agora é Jerônimo.

É justamente essa sequência o xis da questão na peleja de 2022, o pessoal de Neto diz que vai quebrar e o pessoal do PT diz que vai manter.

Os fugitivos do debate, com Neto incluso, foram destaques

Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, disse que não iria a debate e não foi. Romeu Zema (Novo),  governador de Minas Gerais, o tempo todo disse que iria e na hora H, alegando mal estar, não apareceu. E ACM Neto também disse que ia, mas não foi dizendo que tinha agenda no interior.

Os três têm algo em comum, todos lideram as pesquisas em seus estados, com a diferença, Ratinho e Zema já são governadores tentando a reeleição e Neto não.

No Paraná, Ratinho Júnior é coligado de Bolsonaro, em Minas Romeu Zema era, mas se distanciou na medida em que Lula, o líder nas pesquisas presidenciais lá também,  se aproximou de Alexandre Kallil e declarou apoio, enquanto Neto faz carreira absolutamente solo.

Os três apanharam. E é claro que campanha se avalia pela chegada, mas de saída, largaram mal.

Otto Alencar se diz tranquilo

Se para Jerônimo o melhor dos negócios é dizer que pesquisas a esta altura do campeonato não merecem fé, o senador Otto Alencar (PSD), que vai tentar a reeleição e até agora liderou todas as sondagens realizadas, diz estar muito tranquilo. 

— Estou levando a situação com muita responsabilidade. E tranquilidade também.

Otto diz que durante o mandato sofreu várias ameaças. ‘Mas estamos aí’.

Pesquisa procura saber o efeito do caso Ronaldo

Os jornalistas Jair Onofre e Humberto Cedraz, respectivamente do site Bahia na Política e jornal Folha do Estado, ambos de Feira de Santana, encomendaram uma pesquisa que começa a rodar hoje para saber um detalhe: qual é o tamanho do impacto de Zé Ronaldo fora da chapa de ACM Neto?

Ronaldo, que esperneou porque sobrou, na semana passada estava zangado sem fazer cerimônias. Conversou com João Roma e recebeu visitas e telefonemas de uma enxurrada de correligionários, entre eles o ex-governador Paulo Souto e ACM Júnior, pai de Neto. Espera-se que esta semana ele tenha uma definição, mas em Feira se diz que haja o que houver o estrago está feito.

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