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COLUNA

Levi Vasconcelos

Por [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 21 de novembro de 2020 às 6:03 h | Autor:

Trump faz escola. Em Alagoinhas, derrotados querem recontagem

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Em Alagoinhas, aliados do perdedor querem outra eleição | Foto: Divulgação
Em Alagoinhas, aliados do perdedor querem outra eleição | Foto: Divulgação -

Do ponto de vista da oposição a Rui Costa, Alagoinhas era a vitória mais certa e virou a derrota mais inesperada. Explicando: Paulo Cézar, ex-prefeito, ex-deputado, que era oposição, mudou para o governo e depois voltou para a oposição, liderou todas as pesquisas lá. Nas urnas, zebrou: o prefeito Joaquim Neto (PSD) teve 28.268 contra 27.015, diferença de 1.253 votos.

O grande perdedor no caso é o deputado federal Paulo Azi, com fortes raízes lá, presidente estadual do DEM. Em 2016, ele venceu elegendo pelo partido o prefeito Joaquim Neto, contra Sonia Fontes, a candidata de Paulo Cezar.

Joaquim mudou para o PSD de Otto Alencar e Paulo Cézar foi para o DEM. Mais uma vez Azi ficou na mão.

Tropeço – Aliás, Paulo Cezar é top de linha em matéria de mudar de partido. Em 2006 elegeu-se deputado estadual pelo DEM, em 2008 prefeito de Alagoinhas pelo PSDB, em 2012 se reelegeu pelo PDT, em 2018 tentou se eleger deputado pelo PRP e agora está no DEM, sem mandato.

Semana passada, na reta de chegada da eleição, ele foi flagrado (com vídeo e tudo) dando benesses a um eleitor. Dizem que foi letal. Ele se atropelou com as próprias pernas. E ontem, partidários dele estavam pregando cartazes em frente ao Fórum pedindo recontagem de votos ou nova eleição.

Qualquer semelhança com Donald Trump, o dos EUA, que perdeu a eleição e diz que foi roubado sem provar, não é mera coincidência. É escola.

Renovação em Itabuna

Itabuna, que divide com Ilhéus bônus e ônus do sucesso e fracasso do cacau, talvez seja protagonista da renovação mais abrangente da representação política a partir das urnas de 2020.

Além da vitória do ex-deputado Augusto Castro (PSD), que nunca foi prefeito, dos 23 vereadores, cinco não se candidataram, nove perderam, três disputaram outros cargos (Enderson Guinho-CD é o vice de Augusto). Em suma, 19 estão fora.

Sinal amarelo com o corona

Leo Prates, secretário da Saúde de Salvador, diz que o sinal amarelo para a Covid está piscando, situação tão preocupante que chega a admitir a possibilidade de uma segunda onda.

Ontem, os leitos clínicos estavam com 70% de ocupação e os de UTI 58%, números altos, que vêm subindo.

Mas com Bruno Reis prefeito a partir de 1º de janeiro Leo vai continuar secretário?

– Não conversei com ninguém sobre isso. E ponto.

Targino causa agito em Feira

O apoio do ex-deputado Targino Machado ao deputado federal Zé Neto (PT) no segundo turno em Feira de Santana bota mais azeite quente na disputa lá. Ele enfrenta o prefeito Colbert Martins (MDB), apoiado pelo ex-prefeito Zé Ronaldo.

Colbert já ganhou o apoio de José de Arimatéia (Republicanos) e Carlos Geílson (Pode), ambos ronaldistas de origem. Targino, que era do DEM, com Zé Neto é a única mudança de um lado.

Enfim, a Bahia entra na era do turismo submarino

A Bahia inaugura hoje um tempo novo no seu mix de atrações turísticas com o afundamento do ferry Agenor Gordilho e do rebocador Vega.

Noutros cantos, o turismo submarino se dá de duas formas. Uma é o embarque em submarinos para viagens subaquáticas (até visitas aos restos do Titanic se programa). Outra é o mergulho, algo muito comum no Caribe e na Oceania, aqui só agora estreando.

O afundamento, planejado há mais de cinco anos, de início faltou empresa especializada e depois chegou a ser marcado para outubro do ano passado, por coincidência, na véspera da canonização de Irmã Dulce, mas a concorrência foi desleal, houve problemas técnicos. Hoje, mais de um ano depois, tudo beleza. Agora vai.

POLÍTICA

COM VATAPÁ

Verdade oculta

Anos 70. Luiz Góes Teles, candidato a prefeito de Valença pelo velho MDB, foi fazer comício no povoado de Itabaína, hoje município de Presidente Tancredo Neves.

Lá, muitos fogos, animação total, praça cheia, Zé da Caroba, candidato a vereador, sujeito bem-quisto, mas todo espalhafatoso, sobe no palanque para fazer o seu discurso:

– Meus amigos, eu sei que tô eleito. Calculo aí que vou ter uns 800 votos. Mas como eleitor é um bicho descarado, bote aí que eu tenha 500. Dá!

Discretamente, Góes Teles, o candidato a prefeito, bateu no braço dele, que emendou:

– Minha nossa Senhora do Amparo... Góes Teles já me disse que essas coisas a gente sabe, mas não é para dizer. Eu esqueci...

Na saída. Góes Teles voltou a chamá-lo:

– Zé, eu já lhe disse para não fazer esse tipo de discurso. Em campanha o povo vira santo, amigo!

– Só se for em outro lugar. O daqui trai que é uma feiura só. E eu ainda tenho que engolir calado...

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