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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos, com colaboração de Marcos Vinicius

ACERVO DA COLUNA
Publicado segunda-feira, 23 de junho de 2025 às 17:00 h | Autor:

Zelito, Pitta e Wilson Aragão, três arautos do bom forró

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

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Grandes nomes do forró da Bahia: Zelito, Pitta e Wilson Aragão
Grandes nomes do forró da Bahia: Zelito, Pitta e Wilson Aragão -

Uma olhadinha sobre a história da sanfona e vê-se que o caso é sério. Tem registros lá de 2.700 anos a.C., ainda na pré-história. Chegou no Brasil trazida pelos portugueses e começou a animar festas populares chamadas forrobodó, forrodança ou forrobodão, no acasalamento com a zabumba e o triângulo.

O cenário aí era narrado por Zelito Miranda, o forrozeiro de Serrinha que em 12 de agosto de 2022 falou da importância da cultura nordestina com as festas juninas e a crescente invasão por outros ritmos.

– É uma luta pesada. O forró veio das festas populares e o forrozeiro também é muito popular, pé no chão. Justo por isso é tão maltratado.

Zelito foi um dos líderes do movimento dos forrozeiros que resultou na Lei da Zabumba, promulgada em 2015, 10 anos atrás, que previa a destinação de 60% dos recursos dos festejos juninos para atrações comprometidas com a cultura regional.

Corrupção –Carlos Pitta, falecido em janeiro, o feirense que na última micareta de Feira de Santana ganhou os aplausos gerais, falecido em janeiro deste ano, era outro arauto dessa cultura. E ele entrou na conversa, ocorrida numa barraca de praia, em Stella Maris.

– Outro inimigo do forró é a corrupção. Um forrozeiro pé de serra cobra R$ 30 mil, no máximo R$ 50 mil. Ora, isso é menos de 10% do cachê que os grandes cobram. E quem vai deixar de pegar a propina de um cachê de R$ 500 mil para pegar de um cachê de R$ 50 mil?

E pegam tanto assim?

– Se o quê? O forró é uma das grandes vítimas dessa safadeza. É triste, mas é assim.

O papo fluía com o tempero da cerveja quando fizemos a observação: ‘É safadeza por todo lado. E você dizendo é para se acreditar’. Pita fez a observação:

– Amigo, cuidado com o que você vai escrever. Se eu me incompatibilizar com os corruptos vou morrer de fome!

Capim Guiné –Wilson Aragão, orgulho maior de Piritiba, a terra dele, onde o Arraiá do Capim Guiné virou tradição, uma homenagem à belíssima Capim Guiné, a mais famosa das suas composições, que Raul Seixas eternizou, nos deixou agora em maio. Ele dizia:

– O forró é maior, sempre será uma festa popular. A corrupção não é do forró, pode existir nele, mas não é dele.

Claro que o forró é maior. E apesar das pedras no caminho, sobreviverá no tempo. Em 2025, estes três grandes partiram, mas deram a sua contribuição para a beleza da festa atravessar muitos séculos, como a sanfona.

Delicinha em dia de aperto

Danilo Delicinha (PCdoB), prefeito de Várzea da Roça, passou maus lençóis antes de cair no forró, mas deu a volta por cima. Anunciou no início de junho que a Prefeitura estava em colapso fianceiro porque uma decisão do TJ-Ba bloqueou as verbas.

– Entramos com recurso no CNJ solicitando a revisão do bloqueio. Recebi com muita alegria a decisão do CNJ que liberou o dinheiro. É quase R$ 1,2 milhão.

No fuá do São João, Renan admite abrir mais cancelas

Na quarta pela manhã, véspera do início do feriadão que só vai parar quarta, o percurso Salvador-Feira de Santana pela BR-324 durou cinco horas de relógio para Genilson Santos, que queria chegar a Serrinha.

– Tudo travado, com uma boa colaboração das cancelas do pedágio.

O ministro Renan Filho (Transportes) admite abrir, se for necessário, umsa pistas adicionais nas cancelas, mas liberar todas é um risco:

– O problema das cancelas é que às vezes as pessoas pensam que facilita, mas não é bem assim. Se houver um acidente, uma batida, no meio da cancela, pode derrubar a estrutura. Isso já aconteceu noutros lugares, inclusive com vítimas fatais.

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