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Made In Bahia

Por Paulo Ferreira Silveira*

ACERVO DA COLUNA
Publicado terça-feira, 24 de setembro de 2024 às 3:00 h | Autor:

Desafios e alguns caminhos para alavancar a economia baiana

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Paulo Ferreira Silveira é sócio do escritório de Salvador da Deloitte
Paulo Ferreira Silveira é sócio do escritório de Salvador da Deloitte -

Alguns setores avançam, enquanto algumas barreiras requerem soluções e visão integrada.

Há, na Bahia, todos os elementos necessários para que a economia do estado se destaque ainda mais nos panoramas regional e nacional. O mercado baiano tem grande potencial de crescimento em diversos setores, entretanto, para avançar de forma significativa, será preciso endereçar desafios que ainda limitam o pleno desenvolvimento.

As oportunidades são concretas. A Bahia tem se posicionado como polo consolidado na produção de energia renovável, na produção agrícola e na petroquímica. Além disso, a mineração e os prováveis investimentos anunciados em complemento à cadeia produtiva automotiva elétrica ganha espaço na região, assim como a produção de biodiesel, que avança no estado.

Outro ponto forte é a agricultura, especialmente no Oeste baiano, onde está a região do Matopiba, uma das mais prósperas do país. Essa área, que, como o acrônimo aponta, também engloba partes de Maranhão, Tocantins e Piauí, é uma importante produtora de soja, milho e algodão. A região ainda enfrenta, porém, lacunas na integração econômica com as demais partes do estado, dificultando a reverberação do crescimento desse setor nos demais setores da economia baiana.

No campo da tecnologia, também há boas perspectivas à espera de ações inovadoras. Uma aposta é o fomento as startups. A pesquisa Agenda 2024 da Deloitte mostra que há espaço para isso: 36% do empresariado do Nordeste pretende fechar parcerias com startups. As empresas da região também estão comprometidas a superar o desafio da busca de mão de obra qualificada nessa área. Segundo o estudo, 97% das empresas no Nordeste devem ampliar treinamentos para qualificação de funcionários – e 93% investirão em qualificação tecnológica. Trata-se de ações essenciais para fomentar o desenvolvimento, uma vez que não basta apenas ter indústrias e tecnologia de ponta se a força de trabalho não estiver preparada para acompanhar esse progresso.

Para que o empresariado baiano possa apoiar o estado a cumprir com seu verdadeiro potencial de crescimento, será necessário compreender o cenário atual e atuar frente aos desafios mais urgentes – tanto de gestão, quanto de mercado. Somente uma abordagem integrada, porém, será capaz de solucionar satisfatoriamente esses desafios de modo estratégico e promissor.

*Paulo Ferreira Silveira é sócio do escritório de Salvador da Deloitte

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