Negócios Florestais Made in Bahia
Confira a coluna Made in Bahia desta terça
A Bahia precisa, com o governo e a iniciativa privada, se empenhar para ter projetos que deem respostas rápidas para que a economia cresça, se desenvolva e seja cada vez mais diversificada, inclusiva e sustentável.
Algumas ações já podem ser destacadas, como iniciativas em infraestrutura (em especial as três ferrovias que estão sendo construídas/planejadas) e atração de investimentos internacionais, com ênfase para a primeira planta industrial nas Américas da BYD, e a primeira fábrica de hidrogênio verde do país.
Tal esforço ocorre também com os segmentos mais tradicionais da economia, a exemplo da mineração e do agronegócio. Mas a Bahia que cresce em mineração precisa de madeira para gerar a energia em seu processamento. O agronegócio precisa de madeira para a secagem de grãos e aquecimento em aviários.
Estes são alguns exemplos de como a madeira (cultivada para fins industriais) abastece diversos setores importantes da economia, como também o de papel & celulose, a construção civil e os projetos de energia que continuam crescendo e demandam mais madeira.
Além disso, o setor investe em inovação e tecnologia para desenvolver soluções alternativas ao uso de recursos fósseis e finitos, em prol de uma economia de baixo carbono – alinhado com as expectativas de demanda dos consumidores, cada vez mais atentos ao Novo Mundo Verde.
A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) estima novos investimentos no valor aproximado de R$ 60 bilhões no setor de árvores cultivadas para fins industriais, nos próximos três anos no Brasil.
É preciso que a Bahia esteja preparada para atrair parte desses novos negócios. Temos áreas degradadas disponíveis para novos plantios, produtividade de madeira recorde, condições edafoclimáticas favoráveis, além de interesse, inovação e alta tecnologia das empresas.
De forma a contribuir para a atração de novos negócios, a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf) está desenvolvendo com o governo do estado o Plano Bahia Florestal 2033, para viabilizar ainda a maior inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira, além de estimular o uso múltiplo da madeira e o modelo ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta).
O plano ainda prevê adensamento da cadeia produtiva de madeira; dobrar a área plantada; pleno atendimento da demanda de madeira dos mais importantes segmentos da economia do estado; contribuir para a maior descentralização da economia; incentivo de investimentos agroindustriais em torno da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), da Centro-Atlântica (FCA), do Porto Sul e (em planejamento) da Bahia-Minas.
Assim será possível atender a crescente demanda por produtos de madeira e contribuir para a verticalização das cadeias produtivas Made in Bahia!