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Papo Pet
Exposição de raças raras aproxima humanos de felinos
Evento reúne animais de 140 tipos diferentes de gatos e ainda favorece a adoção de animais de ONG
Se você ainda tem aquela visão ultrapassada, cheia de preconceitos sobre os felinos e quer virar a chave, a oportunidade de ouro chegou. Hoje é o último dia para visitar gratuitamente, no Hotel Mercure, no Rio Vermelho, uma exposição de 140 gatos de 14 raças diferentes, inclusive os Sem Raça Definida (SRD). O evento, realizado há mais de 10 anos pelo Gatogrupo, em parceria com a Premier Pet, é um chamariz para a adoção de animais protegidos pelo Instituto Patruska Barreiro. Ontem, cerca de 500 pessoas visitaram o local. A expectativa é que mil pessoas compareçam ao evento hoje.
O diferencial deste concurso de beleza é justamente a participação de gatos da ONG que estão disponíveis para adoção. “Geralmente, em concursos de beleza como a exposição, existe um número maior de adoção de felinos da ONG, pois as pessoas conseguem interagir com os gatos num ambiente mais propício para eles. Diferentemente de eventos em que há também a participação de cães e acaba ocorrendo o estresse dos felinos por conta de latidos”, explica a fundadora do instituto, Patruska Barreiro.
Além dos SRDs, será possível conhecer raças como o Maine Coon (também chamado de “gato gigante”), o British Shorthair (que inspirou o gato de “Alice no País das Maravilhas”), o gato Persa, o Ragdoll (que tem pelagem macia que lembra a de um coelho) e o Norueguês da Floresta (de pelagem longa e espessa). Há ainda o Ragdoll, cuja pelagem lembra a de um coelho, e o Norueguês da Floresta,
Gatogrupo
Quem for ao local terá a oportunidade de conhecer gatos de todos os tipos e tamanhos. Além disto, será possível conversar com criadores como Rodrigo Araújo, 46 anos, presidente do Gatogrupo, instituição criada em 2009, que tem origem no Grupo de Criadores de Gatos da Bahia, fundado em 1996. “Vir conhecer faz diferença porque ensina que as raças existem, que os temperamentos podem ser diferentes, que gato é carinhoso e gosta do dono”, explica. Além de conhecer os animais, será possível conversar com criadores, trocar experiências e obter dicas de manejo. Para Araújo, o evento traz o benefício de mudar a imagem que muitas pessoas têm dos felinos. Além disto, SRDs integram uma das categorias do concurso de beleza. Trata-se de uma classe exclusiva.
Quem for ao local vai também obter informações sobre a importância da castração e do controle populacional de felinos. No concurso, conforme explicou Patruska, os gatos ganhadores recebem prêmios que servem para ajudar outros. Muitas vezes, segundo ela, gatos campeões também doam os seus prêmios para a ONG. No ano passado, graças ao apoio dos criadores, o instituto conseguiu castrar 40 felinos em situação de rua. Para a veterinária Tais Bahia, o preconceito desfavorece os SRDs. Daí o papel de iniciativas que valorizem a espécie e conscientizem a população sobre os animais. “Os de raça não sofrem o mesmo que os SRDs; defendo que eles devam estar sempre como prioridade em eventos”, opina .
DR. PET
Por que os felinos são tão perseguidos na história da humanidade?
A perseguição aos felinos tem origem na proibição dos cultos pagãos pela Igreja Católica Apostólica Romana. O Papa Gregório 9° publicou a Bula Vox in Rama, que associava os gatos a satã. Nesta época, muitos animais foram queimados nas fogueiras com mulheres acusadas de serem bruxas, um ofício considerado heresia, na visão da Inquisição.
Qual o papel de uma exposição de felinos na valorização da espécie e dos SRDs?
Mostrar ao público o universo dos gatos e as principais características de mais de 50 raças fortalece a relação com os humanos. Os SRDs são uma das categorias participantes do evento, que estimula a adoção por tutores responsáveis.
