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Pulgas e carrapatos representam risco de doenças graves

Veterinários alertam para importância da prevenção de enfermidades que podem levar o pet à morte

Publicado domingo, 10 de abril de 2022 às 06:03 h | Autor: HIlcélia Falcão
Sandy levou Trovão ao veterinário após sintomas
Sandy levou Trovão ao veterinário após sintomas -

Eles chegam sorrateiros e o tutor nem nota. Nem sempre ficam no pêlo, nem “passeiam” pelo ambiente. Contudo, basta um exame de sangue e...voilá! A “doença do carrapato” já está ali fazendo estragos na saúde do seu animal de estimação. Até que aparecem os sintomas e só o médico veterinário é capaz de identificar por meio de exames clínicos e de laboratório.

Foi assim com Trovão, o pitbullde 2 anos e 4 meses da estudante de Medicina Veterinária  Sandy Costa Alves. “Primeiramente ele apresentou os sintomas em casa, de prostação, falta de apetite, em seguida veio o vômito. Ficamos desconfiados da doença e levamos até uma clínica e nos exames de laboratório veio a certeza”, conta Sandy Alves. 

Trovão tinha as duas doenças mais comuns, a Erliquiose e a Babesiose. “Foi dado início ao tratamento com o Doxitec durante todo um período necessário para tratá-lo da erliquiose. E usamos o TecSpot para cessar a infestação”, conta Sandy. Hoje, após o tratamento, Trovão está bem e a tutora redobrou os cuidados com prevenção.

Infecções

É que o risco de carrapatos e pulgas vai muito além da simples infestação do animal e do ambiente. “Os carrapatos alimentam-se do sangue de seus hospedeiros, através da picada, então nesse caso, além da transmissão da doença, podemos ter uma anemia importante naquele animal”, explica a médica veterinária Alessandra Monnet, especialista na área de Dermatologia Clínica, que atua também  na área de Medicina Veterinária Integrativa. 

Segundo ela, há casos em que o animal precisa de transfusão de sangue. “O tratamento sempre deve ser prescrito por um médico veterinário, e cada paciente deve ser monitorado, justamente pela questão da anemia”, explica a veterinária. Geralmente, é utilizado um antibiótico padrão para tratar a erlichia junto com medicamentos para aumentar a imunidade do animal. Já no caso da Babesia, segundo Alessandra, é instituido outro protocolo terapêutico devendo esse ser feito pelo próprio médico veterinário, pois se tratam de doses de medicamento injetável. 

Prevenção

É por isto que é importante manter em dia as medidas de prevenção, que incluem medicação e higienização do ambiente, com pulverização com antiparasitários.  Além da limpeza do ambiente, das caminhas e do próprio animal, a recomendação é, sempre que for passear, fazer uso de repelente. “Na volta dos passeios é importante limpar as patinhas e ficar de olho nos sinais que os pets podem apresentar, como a coceira”, ensina a médica veterinária Thianna Barros. 

Em caso de infestação, ela recomenda uso de medicamentos em formato de pipetas que são mais fáceis de aplicar. Para Thianna, este tipo de medicação apresenta um custo acessível ao tutor. A questão é que, segundo a veterinária Alessandra Monet, geralmente animais que fazem uso de medicamentos profiláticos para ectoparasitas, ao serem picados pelo carrapato, esse carrapato sai do corpo pela ação do medicamento e o tutor não consegue visualizar a tempo”, explica a médica veterinária.

Felinos

Os gatos também podem ser vítimas de pulgas. Uma das mais graves doenças transmitidas por meio da picada delas é o microplasma felino. Neste caso, conforme explica Thianna,  a  bacteria invade o sangue e adere parcialmente à superfície dos glóbulos vermelhos, causando sua destruição e originando anemias que podem causar a morte dos gatos. Situação semelhante ocorre com os cães quando atingidos pelo protozoário Babesia canis, transmitido por várias espécies de carrapatos. 

Os sintomas incluem perda de apetite, febre, anemia, icterícia e diarreia. Nos casos mais simples, os animais podem apresentar dermatites. Por isto, é importante seguir vigilante aos sinais que animal dá e, claro, levá-lo ao médico veterinário. A partir da avaliação do profissional especializado, é feito o diagnóstico e a indicação do tratamento necessário, importante para evitar e tratar eventuais sequelas. 

Os animais infectados podem apresentar até distúrbios neurológicos, em casos de doenças mais graves. Ou o agravamento de enfermidades preexistentes. Este foi o caso do Golden Retriver Swell, que é acompanhado pela médica veterinária Viviane Abreu. “Swell teve a doença do carrapato; a tutora agiu rápido, conseguiu fazer as medicações, mas, mesmo assim, houve intensificação do quadro de dor gerado por um problema articular anterior”, explica Viviane. 

É por isto que é essencial acompanhar sempre o que está acontecendo com seu pet e procurar ajuda de um especialista para solucionar os problemas de maneira eficaz e segura.

DR. PET 

[TIRA DÚVIDAS]

Veja o que fazer para prevenir infestação por ectoparasitas

Como fazer para evitar as infestações no período em que os passeios são mais frequentes?

Os parasitas, como pulgas e carrapatos, se reproduzem mais facilmente nas épocas de calor e umidade. Por isso, as infestações aumentam. Para prevenir esses problemas, é importante sempre manter em dia a higiene, tanto do pet quanto dos locais e pertences do cão ou do gato.

Qual o primeiro passo ao identificar a infestação?

Sempre é orientada a busca por um médico veterinário, que poderá examinar e indicar o tratamento correto para que as infestações sejam controladas nos pets.

Os remédios utilizados para tratar o problema costumam ter um custo elevado. Existem alternativas mais acessíveis para aqueles tutores que não tem condições de arcar com valores mais altos?

Quando comparado com os tratamentos sistêmicos (comprimidos), as pipetas apresentam um custo menor, mais acessíveis.

O que devemos fazer quando o ambiente está infestado?

Para o ambiente, uma boa faxina finalizada com produtos específicos para eliminação de pulgas e carrapatos e a manutenção dessa limpeza é o recomendável para resolver o problema. 

 Que sequelas podem haver? 

As sequela variam desde feridas na pele até distúrbios neurológicos, em casos de doenças mais graves. Assim, é essencial acompanhar sempre o que está acontecendo com seu pet e procurar ajuda de um especialista para solucionar os problemas de maneira eficaz.,

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