Xodós da casa, filhotes exigem cuidado e dedicação | A TARDE
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Xodós da casa, filhotes exigem cuidado e dedicação

Publicado domingo, 23 de maio de 2021 às 06:00 h | Autor: Hilcélia Falcão
Rebeca mudou a rotina da casa para receber Snape, o novo xodó da família | Foto: Rafael Martins | Ag. A TARDE
Rebeca mudou a rotina da casa para receber Snape, o novo xodó da família | Foto: Rafael Martins | Ag. A TARDE -

Ter um filhote em casa tem seus bônus, mas como ocorre com humanos, cuidar de um bebê pet exige responsabilidade, paciência e dedicação. A psicóloga Rebeca Araújo, 29 anos, mudou a rotina desde que o maltês Snape chegou em casa para dividir o espaço com o chow-chow Jack, de 10 anos, e a SRD Tereza, misturinha de yorkshire com poodle que ela resgatou há 3 anos.

O cuidado que Rebeca teve ao arrumar o espaço, comprar brinquedos para o enriquecimento ambiental e outros preparativos estão no roteiro de quem pretende adotar um filhote. “A gente fez um verdadeiro parque de diversões para ele”, conta Rebeca, que tem que ficar atenta à relação do maltês com Jack.

Afinal, o primeiro passo ao decidir adotar um filhotinho é verificar se há consenso entre família e condições de oferecer o melhor para ele por pelo menos 15 anos de vida. “De 10 animais abandonados, oito já tiveram dono, é preciso ter consciência que é um ser vivo e exige cuidados”, explica Manuela Tosto, membro da comissão de Bem Estar Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).

Foi por ter a dimensão da necessidade deste cuidado que a estudante Mel Lima Rocha, 16 anos, havia decidido não ter mais um cãozinho depois que o seu Bartô morreu envenenado no ano passado. Como não havia um serviço veterinário de urgência 24 horas na cidade onde mora, não foi possível socorrer o bichinho. Depois disso, Mel adquiriu as calopsitas Loló e Lola, mas quando seu pai apareceu com o daschund Chico, hoje com apenas 2 meses, ela não resistiu a tanta fofura. “Todo mundo já se adaptou, ele tem uma rotina dele”, derrete-se Mel, que pretende cursar Medicina Veterinária.

Um aspecto importante do cuidado com os bichinhos é, além do preparo do ambiente, cumprir os protocolos de vacinação e não descuidar da alimentação. Segundo a veterinária Jessica Araújo, os tutores devem oferecer ração de boa qualidade. Caso optem pela alimentação natural, isso deve ser feito sob orientação de um nutrólogo.

VACINAÇÃO É SINAL DE CUIDADO E RESPEITO AO BICHO DE ESTIMAÇÃO

A primeira providência ao receber um filhote de cão ou gato é checar se ele já tomou a primeira dose da vermífugo. O passo seguinte é levar ao veterinário, que vai orientar sobre a continuidade da vermifugação e os protocolos de vacinação. Enquanto o a imunização não for concluída, a orientação é manter o bichinho longe de outros animais. Isto o livra de doenças letais como parvovirose, cinomose e raiva.

Segundo a veterinária Jéssica Araújo, cães devem tomar a 1ª dose da vacina dectupla ou múltipla entre seis a oito semanas de vida. E seguir com a aplicação mensal até completar o esquema vacinal, que é de três doses. Aos 4 meses, é aplicada a anti-rábica. Somente a partir daí, os passeios são liberados. Mas atenção, isso só pode ser feito duas semanas após a última dose . “Passeio, banho e contato com outros animais só 15 dias depois do último protocolo de vacinação”, explica Jéssica. Os gatinhos precisam tomar a quádrupla, que é repetida a cada 21-30 dias até completar o esquema e tomar o imunizante que o protege da raiva. Depois, a vacina é anual.

Imagem ilustrativa da imagem Xodós da casa, filhotes exigem cuidado e dedicação
Jéssica, com Valentina e Bruce | Foto: Felipe Iruatã | Ag. A TARDE

Outra questão importante é o cuidado com o ambiente e alimentação. É preciso ter uma caminha, brinquedos, um local para o bichinho defecar, bebedouro e comedouro. E, além de afeto, é necessário disciplina e educação. “Antes de adotar, é importante ter consciência que o animal vai viver com você pelos próximos 15 anos”, alerta a veterinária Manuela Tosto.

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Posso levar o filhote para passear assim que ele chega na minha casa?

Não. O filhote de cachorro só pode sair de casa e ter contato com outros animais e humanos depois que completar todo o esquema vacinal. Até lá, é manter o isolamento, alimentação e cuidados com a saúde do animalzinho.

O que o meu mascote deve comer?

Ele deve comer ração pura até um ano de idade, conforme a prescrição no verso da embalagem. Deve-se evitar oferecer comida caseira e doces ao filhote pois pode fazer ele recusar a ração, além de correr o risco de afetar o sistema gastrointestinal do animal. Deixe sempre água fresca e limpa perto dele.

Que critério devo utilizar para escolher a melhor ração para o meu bichinho?

Dê preferência à ração premium, super premium ou para raças específicas. E atenção: deve-se evitar comprar à granel pois o produto fica exposto por muito tempo. Alimentação natural só deve ser administrada se prescrita pelo nutrólogo.

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