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Samuel Celestino

Por Samuel Celestino

ACERVO DA COLUNA
Publicado Friday, 25 de July de 2014 às 14:52 h | Autor: Samuel Celestino

Haja coração

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Não chegou a dar fôlego à presidente Dilma. A pesquisa do Ibope, divulgada na noite de terça-feira, diferentemente das consultas do Datafolha e Sensus que vieram à luz na semana passada, apresentou um novo horizonte que não inclui um empate técnico num eventual segundo turno da eleição presidencial.

Continua atazanando os petistas a alta rejeição da candidata à reeleição, enquanto os dois principais opositores, Aécio Neves e Eduardo Campos, têm uma pequena rejeição. Esta mudança em relação a Rousseff passou a surgir no cenário político após as manifestações populares do ano passado, que ganharam dimensão tanto no país como no exterior. Aliás, sobre a rejeição, Lula teria dito, segundo a coluna Painel da Folha, que não imaginava que houvesse "fadiga de material" em relação ao PT tão cedo. Na sua percepção, entendia que isso só viria a ocorrer não em 2014, mas em 2018. Muito bem. Assim posto, pelo que se infere da declaração, o eleitor cansou do PT e quer mudança. De qualquer maneira, convém perceber que houve uma pequena melhora.

A rejeição é um fator também preocupante para a presidente, que convocou para o Palácio do Alvorada uma reunião com os presidentes dos oito partidos mais densos que compõem a sua base de sustentação eleitoral.

Justo na mesma noite em que a Rede Globo acendia o foco sobre a pesquisa por ela contratada. Ou Dilma já tinha conhecimento dos percentuais, ou adivinhou, mas o certo é que ela resolveu movimentar os partidos que lhe dão apoio. Não é anormal uma pesquisa vazar. A dificuldade para a reeleição está no fato de, por terem uma rejeição pequena, Aécio e Campos dispõem de espaço para crescer, enquanto a presidente empacou na alta rejeição, principalmente em São Paulo, primeiro colégio eleitoral do país, com 22% dos eleitores.

Aliás, esta preocupação atinge Lula, que vê a sua candidata não avançar, o candidato ao governo que lançou, Alexandre Padilha, se pendurar em 4% e o prefeito paulistano Fernando Haddad se enfraquecer. Enquanto isso, o governador Geraldo Alckmin viaja em céu azul com bolinhas brancas (como dizia o governador baiano Luiz Viana Filho, nos anos 60) com nada menos de 54% de aceitação. O cenário político nacional está convulso.

O candidato tucano Aécio Neves está posto contra a parede com a denúncia, feita pela Anac (Agência Nacional de Aviação), segundo a qual ele teria no seu segundo mandato como governador em Minas construído um aeroporto do município de Cláudio, em terras da fazenda de um tio-avô, que fora desapropriada.

Aécio reagiu e passou ao ataque, abrindo um processo judicial contra a agência e, ainda, acusando a presidente de ter usado uma empresa do governo para atingi-lo. É assunto que rola. Aqui na Bahia também o clima esquentou, com ataques do governista Rui Costa ao oposicionista Paulo Souto e vice-versa. Nada anormal em campanha eleitoral. É a pimenta que tempera a disputa pelo governo do estado e que deixa a candidata Lídice da Mata à margem. Aliás, esta coluna já estava fechada quando se esperava para divulgação à noite de ontem, pela TV Bahia, uma pesquisa do Ibope sobre a sucessão estadual.

Se divulgada foi, hoje os jornais e os sites apresentarão os resultados de uma consulta muito aguardada, para se saber os percentuais de cada candidato. A última que se conhece já está vencida, na medida em que a campanha acontece no exato momento e tomará corpo na propaganda eleitoral de rádio e tevê, a partir de 20 de agosto.


Debate sobre a cultura

O setor cultural baiano pouco aparece, ou quase não aparece nos programas apresentados pelos candidatos ao governo. Nem sempre foi assim. Em outras épocas a cultura era considerada essencial para o desenvolvimento do estado e não, simplesmente, alguma coisa vista exclusivamente pela elite.

Nada a ver a cultura com a elite, porque ela, simplesmente, é produzida pelo povo na sua essência. Um dos erros do governo Wagner foi não ter dado atenção ao setor cultural, embora tentasse, ao mudar o seu primeiro secretário de Cultura, Marcio Meireles, que comandou uma época de apagão cultural.

A cultura foi para as mãos do PT no segundo quadriênio, mas continuou imobilizada por falta de orçamento. Em razão, a Academia de Letras da Bahia resolveu, com a coordenação do acadêmico Luís Antônio Cajazeiras, realizar, no dia 29 deste julho, um debate com os candidatos ao governo para conhecer suas propostas para o setor.

Chega à boa hora. Os agentes culturais baianos terão, assim, a oportunidade de conhecer o que pensam os candidatos a governar a Bahia, de maneira que o segmento não permaneça em estado letárgico. Um debate semelhante, mas sem este enfoque especial, foi realizado na ALB com os candidatos a prefeito de Salvador.

Tinha uma amplitude maior, sem foco num setor específico como agora acontece, a partir desta iniciativa da Academia de Letras da Bahia. Enfim, o evento será às 19h do próximo dia 29.

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