Antônio Paim faz moda no terreiro
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"Camisus" (camisas largas sem bolso e sem botão), calças folgadas com estampas associadas às entidades do candomblé, túnicas e adereços utilizados em rituais, secretos ou não, vêm ganhando novos desenhos nas mãos do estilista Antônio Luis Paim, responsável por zelar o espaço do terreiro Ilê Asé Ogum Sidé, na rua nova Constituinte, Periperi.
Para Antônio Luís Paim, um bom planejamento do poder público, com oferta de capacitação e o financiamento de projetos de “moda asé” poderá desencadear geração de renda com perspectiva de crescimento dos negócios, à medida de os terreiros assumirem este traço “estético”, pois segundo ele, “são pontos de encontro de gente vestida com senso de beleza aguçado até por devoção aos santos”.
A revelação de um dos estilistas mais requisitados por adeptos do atual candomblé baiano está relacionada ao conceito de “afroempreendedorismo”, materializado em iniciativas de pequenos negócios, com o perfil herdado da influência cultural africana.
Nesta era, na qual os mecanismos de “pós-escravidão” vêm se sofisticando, a resistência resultante da união dos setores econômico e cultural pode ser observada em terreiros de diversos bairros, como é o caso do Ogum Sidé, constituindo-se o centro religioso em “point” da moda associada aos encantados, não apenas os orixás e os caboclos, mas também os voduns dos galpões de nação jeje.
- Tem muita gente gostando do estilo de roupa, pois sabemos o quanto a indumentária é importante no candomblé, até na distinção de cargos na hierarquia dos terreiros, além de atrair mais pessoas interessadas”, afirma Antônio Luis Paim ou “Painho”, como também pode ser chamado no whats 9 9260 9155.
Atenção ao câncer de pele
Coordenadora do mutirão de prevenção ao câncer de pele, a médica dermatologista Maria Clara Gordiano divulga a campanha “Dezembro Laranja”, com atividade envolvendo 60 profissionais e estudantes, todos voluntários, amanhã, das 9 às 15 horas em Salvador e em Alagoinhas. A mobilização integra um movimento nacional liderado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, levando em conta a escalada de casos de câncer de pele, devido principalmente a dois fatores: a longevidade dos brasileiros, pois a pessoa idosa torna-se mais vulnerável; e os problemas da camada de ozônio capaz de proteger dos efeitos dos raios ultravioleta.