CBPM quer R$ 12 bi por danos à ferrovia
Marcial Tramm afirma ter enviado mais de 15 ofícios denunciando e cobrando relatórios do Capital ferroviário

Difícil, talvez impossível, quantificar com precisão quantas escolas, hospitais, ações de combate à fome e ao feminicídio, entre outras obras e prestações de serviço de inegável alcance social poderiam ser noticiadas com R$ 12 bilhões.
Este é o montante reivindicado pela Companhia Bahiana de Pesquisa Mineral (CBPM), a título de indenização para o Estado da Bahia, com base nos cálculos preliminares relativos ao prejuízo supostamente causado pela companhia VLI Multimodal, devido aos 1.800 quilômetros da Ferrovia Centro-Atlântica inutilizados ou sem investimentos no período de permissão da empresa.
A agência reguladora vinha tentando prorrogar o contrato por mais 30 anos, conforme pauta das reuniões desde 2019, mas subitamente os gestores da empresa comunicaram não terem os investidores mais interesse na Bahia, onde a VLI começou a administrar a ferrovia em 1996.
– Estão preocupados com um movimento que iniciamos: ou eles devolvem tudo funcionando, inclusive vagões locomotivas, ou pagam. Eles pensam em algo em torno de 2 bilhões, eu falo em 10 a 12 bilhões, sou pretensioso– afirma Antonio Carlos Marcial Tramm, presidente da CBPM.
Marcial Tramm afirma ter enviado mais de 15 ofícios denunciando e cobrando relatórios do Capital ferroviário, mas agora admite uma “solução negociada entre governos federal e estadual, VLI, empresários, investidores e fundos”.
De acordo com o principal líder da atividade mineral, dono de uma longa folha de serviços prestados à economia baiana, notadamente nos últimos quatro anos, é necessário, agora, uma maior mobilização da sociedade civil para a Bahia não ficar no prejuízo.
Recuperação da BTS
O mês de abril vem chegando com a maior expectativa de restauração de recifes na Baía de Todos-os-Santos, graças ao plantio de mil mudas em 5 mil metros quadrados no fundo do mar nas proximidades da Ilha de Maré, uma das mais aprazíveis entre as 56 do Recôncavo baiano.
A iniciativa é do projeto Corais de Maré, pioneiro no Brasil, com esta proposta de recuperar o meio ambiente marinho.
Desenvolvido pela empresa Carbono 14, o projeto tem a participação de pesquisadores e estudantes da Universidade Federal da Bahia, além do Instituto de Pesquisa Artesanal de Ilha de Maré.
POUCAS & BOAS
- O projeto Cromossomo do Amor movimenta hoje o Ginásio de Esportes da Uninassau Barreiras com atividades artísticas e jogos infantis voltados para recreação lúdica de crianças e jovens com síndrome de Down. Organizado em alusão ao dia internacional dedicado à conscientização sobre essa síndrome, o evento faz parte do calendário da instituição através do curso de Fisioterapia. A realização conta com parceria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Barreiras (Apae) e do Movimento de Inclusão e Qualificação da Pessoa com Deficiência (Miquei).
- ‘Impactos positivos do setor florestal para as pessoas e municípios’ é o tema da palestra que o diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), Wilson Andrade, apresenta hoje. O encontro será durante a programação do Fórum Estadual de Gestores da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Feagri), com início às 19h, no Centro de Convenções de Salvador. No mesmo local acontece o Origem Week - Feira de Origem e Negócios, que termina no domingo.
- Teve início ontem na cidade de Porto Seguro o trabalho de revitalização da Tarifa dos Pescadores, lugar tradicional na cidade onde pescadores e marisqueiros comercializam sua produção. A obra visa melhorar o espaço visitado por moradores e turistas, oferecendo condições adequadas para armazenamento dos produtos da pescaria, bem como embelezar a paisagem da orla do rio Buranhém, que é bastante procurada principalmente no horário do pôr-do-sol.