Copa de mulheres ensina crianças
Confira a coluna Tempo Presente deste sábado
A Copa do Mundo de futebol de mulheres, disputada na Austrália e Nova Zelândia, vem motivando planos pedagógicos para o ensino fundamental com o objetivo de iniciar nas crianças a curiosidade sobre a questão de gênero.
A ideia é desenvolver a relação didática entre o esporte mais praticado no Brasil e o contexto vivido pelas mulheres diante dos efeitos do patriarcado, despertando a curiosidade das pequenas alunas e alunos para as diferenças verificadas.
Uma das professoras dedicadas ao tema, Danielle Forestieri, vem produzindo nas classes do primeiro ao quarto anos a percepção do tratamento distinto da competição feminina em relação à mais recente Copa do mundo masculina.
O trabalho começa por perguntar a frequência das conversas sobre a copa feminina e quais jogadoras têm sua história de vida e trajetória esportiva conhecidas, provocando a resposta de serem praticamente ignoradas.
- Em sala, em casa, em conversas com amigos, precisamos saber nos posicionar de forma crítica, responsável e, acima de tudo, ética”, propõe o projeto pedagógico aplicado primeiramente em uma escola particular do bairro da Barra, a Pantheon.
O resultado inicial desta primeira semana de atividade pedagógica, coincidindo com a abertura da Copa feminina, é a constatação de desinteresse geral derivada da pouca divulgação, como se a competição fosse algo exótico ou de valor inferior à competição dos homens.
As figurinhas do álbum não despertam tanta curiosidade como as de produto idêntico, lançado para a copa masculina, revelando o quanto ainda se precisa avançar para a luta por uma equidade de gênero no Brasil e no mundo.
Jogos tradicionais Pataxó
Mais de 500 jovens da nação pataxó decidem neste final de semana as competições esportivas conhecidas por “jogos tradicionais”, realizados em Porto Seguro, Extremo Sul, onde começou a invasão portuguesa em 1500. A sede das disputas é a aldeia Mirapé, escolhida pelo comitê organizador reunido no Colégio Estadual Indígena Coroa Vermelha, situado no centro do município de Santa Cruz Cabrália. O tema da edição deste ano, “a força da mulher na cultura pataxó”, ajuda no movimento de inclusão das indígenas, em meio à diversidade de modalidades esportivas, algumas apropriadas ao perfil cultural da etnia.
POUCAS & BOAS
- A 13ª edição do Festival Nordestino de Cultura Junina Nacional começa hoje, em Entre Rios, no Litoral Norte, reunindo 16 quadrilhas que disputarão o título de Melhor Espetáculo Junino Nacional. Dos grupos participantes, seis são baianos e os demais de estados como Piauí, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Distrito Federal e Pernambuco. Aberto ontem, o evento é uma realização da Associação Brincantes do Folclore Nordestino e a Cactus Produções, com a parceria da Prefeitura de Entre Rios e o patrocínio da Bracell, Ferbasa, Ministério da Cultura e Governo Federal.
- A Blitz da Prevenção estará hoje, a partir das 8h, na portaria principal de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, com espaço para vacinação antirrábica (CCZ) para imunização de cães e gatos a partir da três meses. Na oportunidade também acontecem ações da Campanha Julho Amarelo com realização de testes de hepatites virais, HIV e sífilis, além das vacinas Hepatite B, Covid-19 e Influenza. Realizado pela Secretaria municipal de Saúde, no evento serão distribuídos preservativos masculino e feminino e kits autoteste.
- A Academia Barreirense de Letras (ABL) recebe a partir de hoje, um curso de desenho artístico e iniciação à pintura ministrado pelo artista plástico Igor Belchior. A iniciativa é do membro da academia, artista plástico e poeta Inácio Cordeiro Filho, que está patrocinando o curso com a proposta de oferecer uma oportunidade para pessoas a partir de 10 anos com vontade de aprender sobre esta arte. Com a participação de 12 alunos, o projeto tem duração prevista de 10 meses.