Curso de árabe reduz islamofobia
Confira a coluna Tempo Presente deste sábado, 27
Aprender árabe em Salvador e tomar contato com aspectos pouco disseminados da cultura islâmica no Ocidente ficou de fácil alcance com o curso oferecido pelo professor e sheikh Abdul Hameed Ahmad.
A iniciativa é do Centro Cultural Islâmico da Bahia, a fim de promover a difusão da história árabe de uma perspectiva dos muçulmanos da África.
Considerando a importância do idioma árabe para o pensamento ocidental, por ter sido Avicena o tradutor de Aristóteles, do grego para o latim, o curso ganha relevo por outro viés, o do combate a islamofobia (rejeição ao Islã).
A divulgação incessante das polêmicas relacionadas às questões da mulher, como o uso de vestuário, no qual o corpo é coberto pelas chamadas “burkas”, entre outras restrições, produziu uma imagem questionável dos árabes.
– No curso, é possível obter mais conhecimento, levando em conta a forte influência árabe entre os baianos, representada, por exemplo, na preferência pela roupa de cor branca às sextas-feiras, uma tradição islâmica – afirmou a divulgadora do trabalho multicultural, Hannah Bellini, integrante do Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados (Namir) da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Embora não seja promotor nem tenha qualquer associação oficial com o curso, o Namir tem dado todo apoio, cedendo, por exemplo, as instalações no Centro de Estudos Afro-orientais (Ceao), no casarão verde do Largo Dois de Julho.
As inscrições estão abertas, com mensalidades de R$ 100 para uma carga de 45 horas, com emissão de certificado, às segundas e quartas, das 18h30 às 20h, no período de 11 de março a 8 de julho. Mais informações no whatsapp 9 8111 6766.
Liderança feminina no agro
O movimento de ocupação das mulheres em cargos de liderança ganhou um importante reforço com o começo do trabalho da nova vice-presidenta da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Grazielle Parenti. A gestora já ocupava o mesmo cargo, como responsável pelos setores de Sustentabilidade e Relações Institucionais da empresa Syngenta e desde 2022 fazia parte da diretoria da Abag, obtendo agora o maior reconhecimento. Parenti vai fazer parceria na ala feminina da Abag com Liège Vergili Correia, também vice-presidenta, após uma bem-sucedida gestão na diretoria de Sustentabilidade da JBS, e Gislaine Balbinot, diretora-executiva.