Estrela de Corisco rebrilha no Vitória
Confira a coluna Tempo Presente deste sábado, 18
A arte da guerrilha rural, desenvolvida por grupos organizados nos sertões do Nordeste, vai ganhar um distintivo abaixo das estrelas de oito pontas costumeiramente costuradas nos embornais – bolsas originalmente utilizadas para levar comida.
É a reinvenção da moda criada pela parceira do líder guerrilheiro Corisco, Sérgia Ribeiro, “Dadá”, desenvolvida pela dedicação de sua neta, Indaiá Santos, ao redesenhar o escudo do Vitória em embornais rubro-negros já disponíveis.
Para a cidadã e o cidadão contemporâneo (o embornal é unissex) é uma oportunidade de aliar a criatividade ao pragmatismo de carregar objetos necessários ao enfrentamento do cotidiano.
– Como a estrela tem simbolizado as conquistas de futebol, o Vitória será acompanhado por uma muito especial, a mesma utilizada por meu avô Corisco, ao combater as elites latifundiárias improdutivas e seus capangas – afirma a costureira Indaiá Santos, mantendo vivo o sonho da justiça e da equidade nas terras onde predominam a caatinga.
O produto é todo feito de “courino” (um tipo de couro mais fino) para não pesar, tendo o freguês a opção de escolher embornais adornados por flores – preferidas por Dadá – pensadas para quem não vê sentido na forma estelar.
Apesar da importância cultural – e política – do trabalho de Indaiá, ela estave “parada”, até ganhar de presente uma máquina de costura de uma “senhora do exterior”, cujo nome e origem ela prefere preservar.
Indaiá Santos vem se habituando também às palestras sobre aspectos de sua versão familiar da história de resistência dos grupos armados, aceitando convites para falar em auditórios de escolas, cinemas e shoppings de Salvador.
Ascensão da Uesc
Depois de subir 13 degraus na escada da produtividade universitária do Brasil, prepara-se a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) para um novo salto. Tudo porque com a ascensão acelerada, a Uesc agora está em 46º. lugar no País, restando pular apenas mais seis posições a fim de considerar-se numa hipotética Série B universitária em alcance nacional, daí partindo para o título. A Uesc já aparece à frente de universidades federais, como a badalada UFRB, e outras estaduais também ficaram para trás, mesmo a maior delas, a Uneb, mas também a Uesc, a Uefs, e particulares de penacho como a Unifacs e Unijorge.