Guilherme Santos pesquisa torcidas
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Um programa de rádio disponível na internet, ou “podcast”, como impõe a linguagem boçal dos aficionados por tecnologias, é a nova oportunidade para os cronistas esportivos e "loucos" por futebol aprenderem sobre o ambiente da bola, graças à aquisição de conhecimento confiável.
Trata-se do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) assinado pelo mais novo jornalista da praça de Salvador, Guilherme Santos dos Anjos, “O futebol dos baianos”, orientado pela professora doutora Amanda Aouad na Universidade de Salvador (Unifacs).
O objetivo é o de incentivar o debate sobre o processo de formação das torcidas nos territórios baianos de identidade, tendo como fonte de consulta a biblioteca básica produzida por autores confiáveis, servindo por acréscimo, de incentivo para os profissionais tentarem prestar um melhor serviço graças à preparação contínua.
No estudo, ficou demonstrado como o futebol reflete e, ao mesmo tempo, influencia, de maneira categórica, a sociedade na qual está inserido, imitando/incentivando seu processo de desigualdade e domínio cultural e econômico de uma região, com evidente e até obsceno perfil “sudestinocêntrico” do esporte, concentrando riquezas a ponto de um só clube paulista ter orçamento cinco vezes maior em relação à média nordestina.
- A banca entendeu que o trabalho preenche uma lacuna dentro das pesquisas sobre o tema no ecossistema acadêmico baiano, além de puxar uma discussão aprofundada do poder da imprensa no processo de formação de cada cidadã e cidadão”, afirma Guilherme Santos dos Anjos.
A crescente produção de conhecimento sofre futebol na universidade vem derrotando duas antigas crenças, uma à direita, a de combate a uma suposta “anomia”, e à esquerda, a de “alienação”.
“O Encantado” no Gabinete
A peça “O Encantado – uma saga nordestina em busca de Dom Sebastião” está em cartaz, hoje, dia 18 de dezembro, às 19 horas, no Gabinete Português de Leitura. O enredo evoca a memória do jovem rei de Portugal, Sebastião, supostamente morto aos 24 anos, em uma batalha pela Coroa Portuguesa, quando as forças moiras derrotaram os lusitanos, produzindo uma lenda resistente até os dias atuais. Nenhum recanto cultural baiano seria mais apropriado para apresentação da peça, tendo o Gabinete Português de Leitura como um de seus rebrilhantes proas o jornalista, mestre em Coimbra e doutorando pela Universidade Federal da Bahia, Flávio Novaes.