IGHB zela por Luiz Tarquínio
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O legado do jornalista e empresário Luiz Tarquínio não será jamais esquecido enquanto houver iniciativas como a do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), ao programar um encontro de cabeças-pensantes de nomeada para cantar os parabéns pela passagem dos 180 anos de nascimento do insigne baiano.
Será na próxima quarta-feira, 24, às 17h, na sede do IGHB, o “Monumental da Piedade”, com a participação de um escrete criteriosamente convocado pelo professor, jornalista, pesquisador e amigo da cultura, Luís Guilherme Pontes Tavares.
Já confirmaram participação a escritora Eliana Dumêt, bisneta do homenageado e autora de “Luiz Tarquínio, Semeador de Ideias”; e a professora Marilécia Oliveira Santos (“O viver na cidade do bem: tensões, conflitos e acomodações na Vila Operária de Luiz Tarquínio”).
À frente –Luiz Tarquínio é um destes exemplos inexplicáveis pelos determinismos históricos e econômicos, pois furou a redoma de seu tempo para pensar problemas sociais, antecipando-se aos grandes desafios da atualidade. Mestiço, filho de escravizada e tendo cursado apenas três períodos da escola primária, ele buscou soluções de moradia para seus trabalhadores e trabalhadoras, deixando suas marcas ainda hoje no urbanismo da Cidade Baixa.
No debate, estará em pauta seu projeto de acolhimento dos operários, em uma vila construída próxima à fábrica, numa época na qual “vida de qualidade” nem chegava a ser um conceito compreensível.
Dono de um admirável acervo de periódicos e publicações, muitas delas exclusivas, o IGHB é mantido por recursos públicos, por sua relevância para as multiculturas e funciona de segunda a sexta das 13h às 18h.
Cidade exala a literatura
O cenário combina bem com a literatura, por seu mais puro encantamento, a cidadezinha de formoso e preservado casario do período do auge do garimpo, tendo ao fundo um cemitério em estilo bizantino, com os túmulos na vertical, todos caiados de branco. Será neste final de semana, dias 27 e 28, a Feira Literária de Mucugê (Fligê), com lançamentos e debates; encontros e reencontros; alegrias e delicadezas representadas nas mais belas letras baianas contemporâneas. A programação começa com “narrativas de dendê e revivências residuais de memórias distantes”, em sessão de autógrafos na Tenda Literária.