Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > TEMPO PRESENTE
COLUNA

Tempo Presente

Por Tempo Presente

ACERVO DA COLUNA
Publicado Wednesday, 10 de January de 2024 às 5:20 h | Autor:

Livro de Gildeci está na seleção da Uneb

Confira a coluna Tempo Presente desta quarta-feira, 10

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Professor doutor Gildeci de Oliveira Leite
Professor doutor Gildeci de Oliveira Leite -

O professor Gildeci de Oliveira Leite compartilhou com toda a equipe da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) a alegria de classificar seu livro “A Casa do Mistério ou A Casa do Renascimento” na lista de indicações de leituras para os candidatos ao vestibular 2025. A universidade atualizou e ampliou a lista de produções literárias para o processo seletivo, totalizando 10 obras de diferentes gêneros e autores.

Ao agradecer aos ancestrais, orixás, caboclos, voduns e todas as encantadas e encantados das religiões afro-baianas, das quais é estudioso e seguidor, o docente incluiu, no plano terrestre (Ayê) a gratidão aos responsáveis pela escolha, bem como à administração central da Uneb.

– Embora o livro aborde o tema atual da intolerância religiosa, a ideia é mostrar que em todos os segmentos há pessoas boas e más, como também pessoas e entidades além de bem e mal – afirma o professor, um dos articulistas da editoria de Opinião de A TARDE, reforçando o convite para a leitura.

Em vez de dividir a narrativa em 23 capítulos, o livro está fracionado em cenas, podendo ser lido também sem a amarra da linearidade, pois os pedaços de texto produzem sentido individual.

Seria o caso de repensar o conceito de “hermenêutica imagética”, herança de outro mago da academia, José Antônio Saja, pois a leitura salta das palavras para os movimentos e cores, envolvendo crenças e ambições dos protagonistas.

O bom humor e o inusitado estão presentes nas 196 páginas, nas quais o encantado da comunicação, dos caminhos e da festa, Esú, protege e conduz os sujeitos e as sujeitas da prosa, independentemente de oferecerem ou não a dose de sua bebida favorita – a “água-ardente”.

DPE conscientiza no Bonfim

A Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA) vai marcar presença na Lavagem do Bonfim. Uma das principais festas religiosas da Bahia e segunda maior manifestação popular do estado – perde apenas para o Carnaval de Salvador –, o festejo é marcado pelo sincretismo religioso e acontece amanhã. Durante a celebração, a DPE/BA vai promover educação em direitos e levar às ruas uma mensagem de respeito à diversidade cultural e combate à intolerância religiosa. O posicionamento institucional foi sintetizado no texto “Respeito é bom e eu gosto”, impresso na faixa que será carregada ao longo do cortejo.

Árvore da resistência tem novo ramo preto

Um ramo ativo e consistente da Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD) vai produzir a sensação de túnel do tempo, relacionando a opressão racista de 1832, ano de fundação da entidade, à atualidade de 2024, ou 196 anos depois.

Trata-se do Coletivo Agbara Dudu – Poder Preto, do yorubá para o português – disposto a fazer germinar no cortejo da Lavagem do Bonfim, uma semente de protesto contra a falta de representatividade preta nos parlamentos.

O manifesto da negritude será em frente ao antigo Ministério da Fazenda, no bairro do Comércio, saindo as ativistas e os ativistas com “pirulitos”, faixas e cartazes em marcha, após concentração nas imediações do Mercado Modelo.

Segundo uma das divulgadoras da manifestação, a diretora Marlene Rodrigues, quase dois séculos depois de fundada a sociedade, já passou de inaceitável o fato de o Brasil seguir excluindo descendentes de escravizados dos postos de poder e comando da República.

– Você vai pro Executivo municipal, nunca teve um preto, exceto um indicado pela elite no tempo da ditadura; vai pra Assembleia, do nosso lado, só tem Olívia; vai pra Câmara Federal, as pretas e os pretos vivem sendo intimidados o tempo todo. Vamos parar com isso, já! – convoca Marlene Rodrigues.

Amparo – Criada como forma de amparar escravas e escravos, quando caíam doente ou até nos funerais, a Sociedade Protetora dos Desvalidos tem servido de ponto de encontro, físico, afetivo e simbólico de atuais “escravizados” pelo capital branco.

O ramo preto Agbara Dudu brotou nesta antiga árvore da resistência, ao promover em sua sede, no Cruzeiro de São Francisco, um encontro sobre “a representatividade política nas eleições de Salvador”.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco