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Memorial do acarajé abre B.O. número 60

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Publicado terça-feira, 07 de maio de 2024 às 00:00 h | Autor: Da Redação, com Miriam Hemes
Imagem ilustrativa da imagem Memorial do acarajé abre B.O. número 60
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A Polícia Civil baiana lavrou ontem o boletim de ocorrência número 60, registrando queixas de tipos variados, destacando-se a sequência de arrombamentos da sede do Memorial das Bahianas, sob responsabilidade da Associação das Vendedoras de Acarajé, Mingaus e Receptivos.

Localizado no largo da Cruz Caída, o Memorial tem renovado o mobiliário com uma frequência possivelmente sinalizadora da inviabilidade de funcionamento no local.

Usuários de psicoativos são os principais suspeitos, mas como estes excluídos já formam multidão, basta um bando entrosado para organizar o furto.

O mais plausível, segundo a presidenta da associação, Rita Santos, é terem se distribuído, enquanto um cavava o chão onde fica o portão com o cadeado, outros entravam para pilhar e sair sem demora.

De acordo com a experiente baiana, já infelizmente acostumada a estes sustos matinais, ao abrir o estabelecimento, a curiosidade paira por toda esta movimentação passar totalmente despercebida exceto se o breu da madrugada da Sé espraiou-se.

Geladeiras subindo, televisores e aparelhos de som e ar condicionado, seria de estranhar uma mudança na madrugada, mas os ladrões parecem ter agido com a calma de quem controla o ambiente e os sujeitos da cena.

A presidenta Rita estima em 10 mil reais a perda, além de precisar fechar temporariamente o estabelecimento capaz de salvaguardar a memória do ofício da autonomia da mulher na Bahia, finda a primeira escravidão (1888).

Já são 10 mil frequentadores ao mês, duplicando na alta estação, no entanto, se a chegada do B.O. número 61 vier sem demora, é possível pensar numa mudança de endereço.

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