Nota publicada na coluna Tempo Presente ganha repercussão
Confira a coluna Tempo Presente
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A nota “Cemitério revela enterro de pretos”, publicada na TP do último domingo, repercutiu na comunidade científica, despertando a atenção de historiadores de nomeada como Carlos da Silva Jr. e Lisa E. Castillo.
Segundo os estudiosos, a suposta descoberta do cemitério no Campo da Pólvora, conforme informa a nota, teria seus primeiros registros já de conhecimento desde o século XVIII, restando apenas a identificação precisa do local.
Reconhecem Carlos e Elisa a importância do trabalho agora em andamento pela arquiteta Silvana Olivieri, restando, entretanto, um pequeno reparo ao texto publicado na TP, uma vez não ter sido conhecido o cemitério como “campo santo”, embora assim seja chamado, genericamente, locais vários de sepultamento.
- Três entre cada dez escravizados tinham seus corpos sepultados no adro das igrejas, segundo registros paroquias – acrescentou a dupla de leitores de TP interessados no assunto.
Para quem tem mais interesse sobre conhecer a história dos funerais pretos na Bahia, os historiadores tiveram a gentileza de escrever para a editoria de Opinião de A TARDE indicando autores confiáveis.
Entre os destaques, pontifica o professor João José Reis com os clássicos Rebelião escrava no Brasil e A morte é uma festa; há também livros guardados no Centro de Memória Jorge Calmon, na Pupileira, todos disponíveis para consulta.
Acrescentam os historiadores – e agora, colaboradores – Carlos da Silva Jr. e Lisa E. Castillo: “graças a esses e outros documentos da Santa Casa de Misericórdia, sabemos que na década de 1840 os restos mortais do antigo cemitério foram transferidos para o então novo Cemitério do Campo Santo. Resta saber se a remoção foi completa ou não".
Algodão baiano na Ásia
Estão de malas prontas os titulares da seleção brasileira de produtores de algodão rumo ao compromisso diante dos anfitriões da Índia e do Paquistão, “clássico” mundial de negócios da cobiçada fibra. A viagem rumo à Ásia Maior começa amanhã e tem retorno previsto a 19 de março, com o objetivo de aumentar o volume de contatos com os "frentes" dos principais centros de tecelagem. A viagem pode servir de uma aula prática de conhecimento de como países há bem pouco atrasados em relação à economia brasileira, viram o placar de tal forma a tomarem a dianteira industrial rebaixando o Brasil ao perfil de colônia agrária.