Ouvidoria Cidadã terá quinta mulher preta
Mulheres negras ocupam cargo de ouvidora cidadã da Defensoria Pública da Bahia
A antropóloga Naira Gomes manteve a tradição de apenas mulheres negras ocuparem o cargo de ouvidora cidadã da Defensoria Pública do Estado da Bahia.
Será a quinta ouvidora com o mesmo perfil de epiderme e gênero a cumprir a função, sinalizando uma forte probabilidade de estes aspectos serem levados em alta conta pelo Conselho Superior responsável pela escolha.
Naira Gomes foi vice-campeã na contagem geral de votos de entidades da sociedade civil, mas logrou ser selecionada na vaga de um homem preto, Ailton Ferreira, o mais votado.
Tudo dentro do regulamento, embora possa ser de alguma forma questionado o desalinhamento com a aritmética das urnas: além da nova ouvidora Naira e de Ailton, a lista tríplice contou com a ilustre presença de Iyá Márcia d’Ogun.
Não deve ter sido fácil a escolha, dadas as boas participações das candidatas e do candidato na sabatina final, em quatro horas de maratona de conhecimento de assuntos relacionados à cidadania.
Desafios no comando
A nova ouvidora terá o desafio de manter o ritmo de crescimento do número de atendimentos do órgão, além da parte qualitativa, com o entendimento com os públicos interno, de defensoras e defensores, e externo, da sociedade civil.
A sensação, ao final do processo de escolha, é a de fortalecimento da instituição, em um momento histórico importante, devido à importância da defesa dos princípios civilizatórios em respeito à Constituição Federal.
Naira possui formação em ciências sociais, e acúmulo de experiências na Câmara de Salvador e na Assembleia Legislativa da Bahia.
“Uma das maiores tragédias da Covid-19 é que não precisava ter sido assim. Temos as ferramentas e as tecnologias para nos prepararmos melhor para as pandemias, para detectá-las mais cedo”.
Cultura do café em Salvador
Proporcionar um universo de experiências sensoriais ao crescente público amante de cafés especiais é o objetivo da I Edição do Guest Coffee, no dia 9, às 17h30, no terraço da CheFigo, Rio Vermelho, informa Brenda Matos, especialista em cafés especiais e empreendedora do meio cafeinado.
– Quem for ao Guest Coffee vai ter experiências sensoriais que vão muito além do sabor. Nesta edição, o café convidado será o ‘Café Comunidade’, que é uma curadoria de grãos produzidos por pequenos produtores parceiros da Região das Alegrias, em Barra do Choça-BA – explica a especialista, que assina a curadoria do evento.
Encontro cívico no TJ
A Comissão Permanente de Memória do Tribunal de Justiça da Bahia, presidida pelo desembargador Cássio Miranda, promove dia 12, sexta-feira, o encontro ‘Personalidades da Independência – os protagonistas da Liberdade’.
O objetivo é relembrar os fatos históricos confirmados por fontes confiáveis, em exercício necessário de reinterpretação, tendo como máxima da campanha o imorredouro Dois de Julho de 1823.
O encontro marca o bicentenário da Independência do Brasil, protagonizado na Bahia, em programação prevista para o Auditório Desembargadora Olny Silva, no prédio do TJBA, no Centro Administrativo da Bahia.
A abertura da festa cívica de produção e partilha de conhecimento estará a cargo do professor Sérgio Guerra Filho, com a palestra ‘A contribuição dos Índios e Negros na independência do Brasil’.
Em seguida, será a vez do professor da Universidade Federal da Bahia, Milton Moura, ao abordar ‘Aspectos Gerais da Independência do Brasil na Bahia’, tema do qual é um dos mais renomados especialistas.
A professora Marianna Farias vai falar sobre ‘Maria Quitéria de Jesus e a sua atuação nas batalhas pela independência’; o jornalista e pesquisador Flávio Novaes terá como tema ‘João das Botas: guerreiro português no mar da Baía’.
Programação
Dom Emanuel d’Able do Amaral, arquiabade da Ordem de São Bento, inicia a programação da tarde com ‘Joana Angélica: heroína da independência’ e o general Marcelo Guedon vai ressaltar o papel dos líderes militares’.
‘A participação singular de Maria Felipa na luta pela independência do Brasil em Itaparica’ será a palestra da professora Clara Ferrão. E o desembargador Lidivaldo Britto destaca a participação dos desembargadores nas lutas pela Independência.