Quilombo baiano planeja temporada
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Compensar as dificuldades enfrentadas pelos karatecas do quilombo da Cangula com um planejamento capaz de conquistar apoio para novas vitórias é a estratégia do professor Orlandinho da Bahia.
A ideia é chegar ao final do ano com mais medalhas de ouro e prata, obtidas em competições no Brasil e no exterior, pelos representantes da Bahia filiados à Academia Fênix, situada no distrito de Boa União, a 107 quilômetros de Salvador.
Este ano, o desafio começa em maio, com a disputa do campeonato baiano de karatê olímpico, e segue em julho, com a disputa do certame unificado, além da modalidade shotokan.
Sem modéstia, mas com a humildade dos campeões, os lutadores têm adaptado outros estilos ao tradicional, na perspectiva de unificar federações e obter maior reconhecimento para a Bahia.
-Temos boas chances de ganhar o Pan-americano, apesar da falta de apoio, pois precisamos fazer até rifas para conseguir dinheiro das passagens”, afirma Orlandinho da Bahia.
A subsistência da Fênix e a expectativa de novas medalhas, nas competições programadas internacionais para Argentina e Chile, dependem também da madrinha, a companha Bracell, além do apoio de profissionais da política.
As dificuldades aumentam o orgulho dos moradores do Cangula pela dedicação de Eric Vitor, além de Brenno Venas e Alan de Jesus, todos habituais vencedores nas categorias kumitê (luta) e Katar (simulação).
Os heróis do Cangula representam 225 famílias descendentes de escravizados reunidos no local sem se saber com precisão quanto tempo, seguramente mais de dois séculos, pois formou-se anterior à sede, Alagoinhas (160 anos).
Subsídio ao milho avança
A isenção de contribuições sociais, como PIS/Pasep e Confins, ao farelo de milho e ao óleo de milho, concedida atualmente à soja, está perto de ser aprovada, mediante o projeto de lei 1548/22, de autoria do Senado.
A Câmara dos Deputados deu sua contribuição, ao aprovar a urgência na votação do PL, pois poderá beneficiar os produtores de milho e fortalecer a geração de renda e emprego neste ramo específico dos negócios agrícolas.
O texto altera a Lei 12.865/13, conforme vem sendo insistentemente reivindicado pelos produtores de milho, a exemplo do tratamento oferecido ao cultivo da soja.