Reparação celebra Língua Portuguesa
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O Instituto de Estudos, Pesquisa e Desenvolvimento Humano – Reparação, sediado na Praça da Sé, com objetivo de contribuir para reduzir as desigualdades, celebra hoje, junto a um sem-número de instituições públicas e da sociedade civil, o Dia da Língua Portuguesa.
A efeméride, instituída por iniciativa de um deputado federal do Amapá, Papaleo Paes (Progressista) em 2006, tem o objetivo de chamar a atenção para a importância de preservar o idioma, sem perder de vista as possibilidades de reinvenção e acolhimento de novas palavras, considerando como certa a ideia de movimento no falar e escrever o bom português.
Segundo o coordenador do Reparação, sociólogo Airton Ferreira, a data coincide com o aniversário de nascimento de Ruy Barbosa, até hoje invencível como conhecedor da língua portuguesa, possivelmente por conta da fama construída em sua oratória como político e advogado, além de seus textos publicados em jornal, sua atividade favorita.
Acrescentou Airton Ferreira ter sido a escolha de uma data “brasileira” divergente da de Portugal, pois além-mar se festeja a língua portuguesa no dia do suposto “aniver” de Luis de Camões, 5 de maio – não se tem certeza da data.
-Vamos lembrar a presença de Machado de Assis, neto de escravizados, chegando o menino engraxate a criar a Academia de Letras do Brasil, da qual foi o primeiro presidente”, afirmou Airton Ferreira.
Lembra o sociólogo organizador de movimentos sociais de bairros e antirracistas a relevância de Olavo Bilac, referindo-se ao verso “última flor do Lácio, inculta e bela”, ao posicionar o português como a última língua derivada do latim vulgar falado na região do Lácio, hoje integrada à Itália.
Homenagem aos mártires
As pessoas do tempo presente têm a oportunidade, dia 8, de retomar a luta de companheiros assassinados pela Coroa Portuguesa, em 1799, quando os insurgentes chegaram bem perto de conquistar sua revolução chamada “bahiense”. Os heróis não conseguiram, mas acenderam a tocha da independência, obtida após a vitória sobre os corsários de Lisboa, em 1823, uma boa razão para toda a cidadania engajada mobilizar-se para a "Caminhada de Retorno dos Mártires da Revolta dos Búzios", saindo às 14 horas na Praça da Piedade com destino à Câmara. Lá será realizada uma sessão especial celebrando o Dia Municipal em memória aos mártires.