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Por Da Redação, com Miriam Hermes

ACERVO DA COLUNA
Publicado Friday, 09 de February de 2024 às 5:05 h | Autor:

Reparação quer Carnaval de justiça

Os ativistas entendem a festa como uma oportunidade de avançar na luta

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Instituto Reparação
Instituto Reparação -

Depois de começar a folia, com um grito de Carnaval, os integrantes do Instituto Reparação, voltado para o combate as desigualdades sociais, continuam nas ruas, portando o estandarte antirracista.

Os ativistas entendem a festa como uma oportunidade de avançar na luta com a divulgação em blocos e entidades carnavalescas de aspectos relacionados ao tema “reparação e justiça combinam com alegria”.

Segundo um dos coordenadores do Reparação, sociólogo Ailton Ferreira, o Carnaval pode tornar-se uma aula magna de como a festa foi apropriada pelas elites a partir do sequestro da estética musical e das fantasias dos afrobaianos.

– Blocos afro, afoxés e escolas de samba forneceram a base do sucesso da festa, graças ao trabalho e talento do povo preto excluído – denuncia Ailton Ferreira.

O Instituto Reparação presta tributo a Nelson Maleiro, autor das alegorias, com destaque para os blocos pioneiros organizados nos bairros da Caixa D’água, Pernambués e Liberdade, e dentro da Liberdade, a Avenida Peixe.

Os ativistas lembram a importância desta semente para a criação do Olodum, do Muzenza, do Malê de Balê e do Ilê Aiyê, entidades estigmatizadas como “subversivas”, por contrariarem o mito da “democracia racial”.

O Carnaval serve ainda, acrescentou Airton Ferreira, como uma evidência do racismo, pois as pretas e pretos pegam no pesado, montando e desmontando estruturas, cozinhando, servindo, vendendo comiga e bebida e cuidando da segurança.

O Instituto Reparação denuncia o “apartheid” e lamenta não se ter notícia de algum bloco branco ter ajudado, por exemplo, durante a pandemia, sequer com uma palavra de orientação ou a aquisição de produtos de higiene.

Alerta para incêndios

Enquanto o Carnaval incendeia os afetos e toca fogo na cidade, as matas correm perigo devido aos danos ambientais causados pelas queimadas, objeto do trabalho do Programa Amigos da Floresta. Somente no ano passado, a brigada foi chamada para debelar 150 focos de incêndio, mas com o aumento da temperatura, é possível a superação deste número em 2024. Além de prevenir incêndios, a iniciativa segue de plantão durante a folia, combatendo desmatamento, caça e captura de animais silvestres, além de roubo de madeira. A articulação tem o engajamento do Corpo de Bombeiros Militar, Sema-BA, e a companhia Bracell.

POUCAS & BOAS

As amêndoas baianas de cacau especial renderam ao Estado mais um prêmio do concurso Cacao of Excellence 2023, com a medalha de ouro que o produtor Luciano Ramos de Lima recebeu ontem em Amsterdã, Holanda. O cacauicultor produz amêndoas de alta qualidade na Fazenda São Sebastião, em Ilhéus, e dentre outras conquistas, foi segundo lugar na 4ª edição do Concurso Nacional de Qualidade do Cacau/2022. A qualidade das amêndoas cultivadas em sistema Cabruca e com beneficiamento especial impacta na elaboração de chocolates finos e reflete a nova era do cacau.

Cidade tombada pelo Iphan em 1980, em Rio de Contas o carnaval já começou e só termina dia 13 de fevereiro. A partir das 17h de hoje começa a tradicional Lavagem do Coreto, reunindo foliões moradores e visitantes que neste período aproveitam para curtir a folia de Momo, bem como visitam as belezas naturais da região da Chapada Diamantina. Com shows de artistas consagrados do axé music, pagode e arrocha, a festa conta com desfiles de rua, cortejos, blocos infantis, concursos e diversas outras atividades típicas do período.

Com o tema ‘Ilhéus, a cidade da alegria’, o carnaval cultural será aberto oficialmente hoje a partir das 19h no Pontal, seguido do tradicional Bloco Zé Pereira, a partir das 23h pelas ruas do bairro. O circuito principal será na avenida Soares Lopes, onde hoje desfila o bloco Maria Presepeira, seguida de paredão. Até o dia 13 de fevereiro a programação alcançará 15 bairros, com desfile de 60 blocos, dentre afros e tradicionais, e valorização dos artistas e grupos locais e regionais.

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