Sampa recebe Juraci Dórea
Confira a coluna Tempo Presente desta quinta-feira
O sertão vai virar São Paulo pela arte de Juraci Dórea, filho de Feira de Santana, com a exposição até este domingo, na Arca, Vila Leopoldina, na capital paulista.
O artista expõe uma seleção de 40 obras da Acervo Galeria de Arte, localizada em Salvador, de onde seguiram para levar aspectos mais fidedignos do que é o Sertão, livrando do preconceito os apreciadores de movimento de aeroporto no crepúsculo.
A curadoria – dever de zelar pela exposição – tem como efeito deste cuidado o empenho em buscar estabelecer critérios visando revelar o melhor da produção do escultor, pintor, desenhista, fotógrafo e programador visual.
A opção foi por montar algo próximo de uma timeline, com a escolha de diferentes pinturas dos anos 1980 à virada do século, período no qual floresceu a sua obra.
-Com uma produção radical, consciente das tendências e dos debates contemporâneos e, ao mesmo tempo, profunda e programaticamente enraizada no dia a dia e na cultura do sertão”, definiu o curador Jacopo Crivelli, ao avaliar criticamente o trabalho de Juraci Dórea.
O fato de ter um estilo único atende a um dos princípios de identificação de uma obra de arte, ocupando um interessante espaço de exceção no panorama artístico brasileiro.
Ao morar e estudar em Salvador nos anos 1960, o feirense pôde conviver em um ambiente vibrante e dinâmico, graças ao teatro, ao cinema novo, à academia dos rebeldes e um sem-número de manifestações culturais vivas.
A mistura deu bom porque Juraci Dórea levou o repositório de experiências ao voltar para Feira e, então, pôde produzir algo novo ao utilizar-se do couro, um dos destaques da economia da Princesa do Sertão.
Cinema no Teatro Gamboa
O Teatro Gamboa, um dos mais representativos, misturou artes cênicas, música e exibição de filmes na programação de setembro, contemplando quem tem preferência por uma destas linguagens e também aqueles apreciadores de todos os gêneros. Nesta sexta, na abertura do mês, acontece a pré-estreia com acesso gratuito do filme Borderô, gravado no Gamboa. Assinado pela Olho de Vidro Produções, com direção de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter, o curta narra a história de um casal de atores com mais de 20 anos juntos, mas subitamente, na estreia de uma peça, começam uma briga daquelas.
POUCAS & BOAS
‘Pedagogia do Oprimido’ é o livro que vai nortear o debate do 1º Círculo de Leitura do ano, hoje, a partir das 19h30, com transmissão pelo canal da Academia Barreirense de Letras (ABL) no YouTube. Participam os professores Rosa Maria Furtado (Uneb/Barreiras) e Claudilson Souza dos Santos (Uneb/ Seabra). A mediação será da doutoranda Nívia Barreto dos Anjos (Ifbaiano/Salvador). O evento virtual faz parte da 3ª edição do Projeto de Extensão “Princípios Pedagógicos Freireanos: possibilidade formativa”. Com coordenação de Marilde Guedes (ABL), além das instituições citadas, participam do projeto a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), o Ifba/Barreiras e o Observatório do PNE no Território Bacia do Rio Grande.
Uma palestra sobre saúde pública com o médico, cientista e escritor brasileiro, Drauzio Varella marcará hoje o evento organizado para comemorar os 25 anos da Fundação Maria Emília (FME). Voltada para a educação e saúde através de incentivo às pesquisas com a cessão de bolsas de estudos no Brasil e no exterior, a instituição investiu nos últimos cinco anos R$ 20 milhões em ações e projetos nestas duas áreas. Na oportunidade será servido um jantar festivo para cerca de 150 pessoas.
O IV Fórum de Educação Inclusiva dos Povos Indígenas da Bahia, será encerrado amanhã na Aldeia Cajazeiras, do Território Indígena Kiriri, no município de Banzaê. O evento foi aberto dia 28 de agosto com o tema ‘Nada sobre nós, sem nós’ com apoio da Uneb, da prefeitura local, da Funai e do governo da Bahia através de diversos órgãos e secretarias.